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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16297
DIFERENTES, MAS NÃO DESIGUAIS...DIAGNÓSTICO DAS POLITICAS PÚBLICAS VOLTADOS PARA O PÚBLICO ADOLESCENTE NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NO MUNICIPIO DE BELO HORIZONTE/MG
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Abstract in Portuguese
As últimas décadas do século XX foram fundamentais para a discussão e
avanço no que se refere á saúde sexual e reprodutiva. A implementação
do SUS (Sistema Único de Saúde) e a criação do PAISM (Programa de
Assistência Integral à Saúde Mulher) foram marcos decisivos na
formatação de políticas públicas que atendessem a demanda das mulheres
no campo da saúde.Desse modo, nosso objetivo foi mapear os programas
voltados para as questões da saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes
nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Belo
Horizonte/MG. A escolha do público adolescente está pautada na
necessidade de analisar como os mesmos têm sido percebidos pelas
políticas públicas de saúde. Embora raramente adoeçam nesta faixa etária,
os adolescentes são extremamente vulneráveis a uma série de riscos e
fatores (ambientais, culturais e sociais) que, mais tarde, irão definir o seu
estilo e qualidade de vida. Para tal finalidade, foram realizadas entrevistas
semi-estruturadas dirigidas a informantes chaves em cada um dos 09
distritos Sanitários do município. Um ponto que deve ser destacado é
que das 134 UBS – Unidades Básicas de Saúde de Belo Horizonte
somente 34 possuem iniciativas voltadas para o público adolescente. Os
programas existentes, em sua maioria, não contemplam a questão de
gênero, não levam em consideração as especificidades do público
adolescente, e o atendimento está voltado, prioritariamente, para a prática
curativa. Os programas que abordam a gravidez na adolescência
contemplam os aspectos médicos e clínicos (pré-natal, parto puerpério),
em detrimento de uma abordagem preventiva. Ficou demarcado que as
dificuldades de atendimento ao público adolescente, além daquelas
inerentes ao próprio sistema de saúde (recursos econômicos escassos,
infra-estrutura deficiente, escassez de programas de capacitação
profissional, etc.), perpassam outras esferas da sociedade como, por
exemplo, o âmbito da educação e a dimensão cultural. As ações e
estratégias de atendimento ao público adolescente nas UBS ainda são
incipientes, pontuais, voltadas para o aspecto curativo em detrimento de
uma abordagem educativa.
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