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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/1951
TAXONOMIAS DAS DOENÇAS ENTRE OS ÍNDIOS BANIWA (ARAWAK) E DESANA (TUKANO ORIENTAL) DO ALTO RIO NEGRO (BRASIL)
Autor(es)
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane. Manaus, AM, Brasil.
Institut de Recherche pour le Développment. Paris, França.
Institut de Recherche pour le Développment. Paris, França.
Resumo
O presente artigo estuda as taxonomias de doenças de dois povos indígenas
da região do Alto Rio Negro, Noroeste amazônico (Brasil): os Baniwa, da família
lingüística arawak, e os Desana, da família lingüística tukano oriental. Tomando
como base explicativa a produção mítica dessas etnias, as autoras comparam seus
sistemas de doença e cura e demonstram que as circunstâncias ligadas ao surgimento
de uma doença particular, as representações de pessoa e do mundo natural, e as
modalidades de relação entre os grupos humanos, a natureza e o cosmos, participam
da interpretação da doença. Essa ênfase na causalidade social e/ou com a ordem do
mundo traduz-se na terminologia vernacular e na classificação das doenças em ambos
os grupos estudados. A produção do processo patogênico liga-se a uma “economia
simbólica da alteridade” (Viveiros de Castro, 2002). Promover a saúde e evitar a
doença exigem cooperação, reciprocidade, diligência, controle das ações predatórias
e do apetite alimentar e sexual.
Resumo em Inglês
The present paper studies the disease taxonomies on two indigenous peoples
from the upper Negro River region, in the Amazonian northwest (Brazil), the Baniwa,
from the Arawak, and the Desana, from the oriental Tukano linguistic families. Taking
these ethnies’ mythic production as an explicative basis, the authors make comparisons
between their disease and cure systems and demonstrate that the circumstances linked
to the outbreak of a particular disease, the representation of people and of the natural
world, and the modalities of relations between human groups, nature and the cosmos,
participate on the disease’s interpretation. Both studied groups translate this emphasis
on social causality and/or world order into the vernacular terminology and disease
classification. The pathogenic process production is linked to an “alteration symbolic
economy” (Viveiros de Castro, 2002). Promoting good health and preventing disease,
requires cooperation, reciprocity, diligence, predatory actions and feeding and sexual
appetite controlling.
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