Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34478
ADESÃO DE FAGÓCITOS MONONUCLEARES AO TECIDO CONJUNTIVO NA LEISHMANIOSE: PAPEL DE INTEGRINAS B1 E RECEPTORES DE QUIMIOCINAS
Macrófagos
Moléculas de Adesão Celular
Leishmaniose
Quimiocinas
Cadeias beta de Integrinas
Tecido Conjuntivo
Pinheiro Junior, Nathanael de Freitas | Date Issued:
2006
Affilliation
Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.
Abstract in Portuguese
Parasitos do gênero Leishmania podem causar lesões na pele, mucosas ou vísceras. Os mecanismos que regulam o tropismo do parasito não estão bem esclarecidos, mas moléculas na superfície de fagócitos infectados podem ter um papel importante. Nosso grupo demonstrou anteriormente que a infecção por Leishmania reduz a adesão de fagócitos mononucleares ao tecido conjuntivo inflamado. Uma vez que a perda de adesão ao tecido conjuntivo é o primeiro passo para a migração celular, este fenômeno pode estar relacionado com a habilidade destas células em deixar o tecido inflamado em direção ao linfonodo drenante. Nesta dissertação, nós examinamos o papel de moléculas de adesão e de receptores de quimiocinas na perda de adesão de fagócitos mononucleares ao tecido conjuntivo inflamado. Para isso nós empregamos análises de citometria de fluxo de moléculas de adesão em fagócitos infectados com Leishmania marcada com fluorocromo. Além disso, realizamos ensaios de adesão celular e análise de expressão de RNAm para receptores de quimiocinas através de RT-PCR em tempo real. Nós observamos que a porcentagem de células infectadas (r=-0,826; P=0,003) e o número de parasitos por célula infectada (r=-0,917; P=0,028) se correlacionaram negativamente com a adesão ao tecido conjuntivo. A redução na adesão celular induzida pela infecção por Leishmania (58,7 à 75,0%; P=0,005) ocorreu tão cedo quanto duas horas após a infecção e foi mantida por pelo menos 24 horas. A infecção com apenas 0,6 parasito por célula reduziu a adesão em 27,9 a 44,6% (P<0,00l). O bloqueio na adesão celular foi mantido pela infecção por Leishmania, mas pela fagocitose de parasitos mortos (adesão celular variou de 15,2% abaixo a 24.0% acima do controle; P>0,05). A infecção por Leishmania também reduziu a adesão celular a fibronectina (54,1 a 96,2%, P<0,0l), colágeno (15,7 à 83,7%, P<0,05) ou laminina (59,1 à 82,2%, P<0,05). Não houve modulação da expressão de VLA4, VLA5, LFA-1, Mac-1, L-Selectina, ICAM-2 OU VCAM-1 na superfície de células infectadas. Entretanto, a população CD 11 bhi apresentava alta taxa de infecção (49,6 a 97,3%). A substituição de Ca+2 e Mg+2 por Mn+2 reverteu a inibição causada pela Leishmania (P<0,05) e este fenômeno foi bloqueado por anticorpos anti-VLA4 (P<0,000l). A expressão dos receptores de quimiocinas CCR4 e CCR5 estava diminuída 16 horas após a infecção (2,8 a 4,1 vezes e 1,9 a 2,8 vezes, respectivamente). Estes dados sugerem fortemente que mecanismos que regulam a função de integrinas estão implicados na redução de adesão celular na leishmaniose. Este efeito pode ser devido à redução dos receptores de quimiocinas observada aqui ou pode ainda ser parte de um efeito inibitório mais geral da infecção dos fagócitos por Leishmania.
Abstract
Leishmania sp. are intracellular parasites that may cause lesions in the skin, mucosa and viscera. The mechanisms regulating the tropism of the parasite are not well understood, but molecules on the surface of the parasite-infected phagocytes may play a role. We have previously shown that Leishmania infection reduces mononuclear phagocyte adhesion to inflamed connective tissue. As deadhesion is the first step to cell migration, this phenomenon may be related to the ability of these cells to leave tissue and migrate to the draining lymph node. In this work, we examined the role of adhesion molecules and chemokines in the loss of adhesion of mononuclear phagocytes to the inflamed connective tissue. To do so, we employed flow cytometry analysis of adhesion molecules in fluorescently-stained Leishmania-infected phagocytes, together with cell adhesion assays and real-time RT-PCR for chemokine receptors known to be present on mononuclear phagocytes. We found that infection rate (r=-0.826, P=0.003) and parasite burden (r=-0.917, P=0.028) negatively correlated to mouse phagocyte adhesion. The decrease in phagocyte adhesion to connective tissue, induced by Leishmania (58.7 to 75.0% inhibition, P=0.005), occurred as early as 2h after infection and was maintained in a plateau for at least 24h. The infection with 0.6 Leishmania per cell reduced phagocyte adhesion in 27.9 to 44.6% (P<0.001). Impairment in cell adhesion was sustained by phagocyte infection but not after phagocytosis of killed parasites (cell adhesion varied from 15.2% below to 24.0% above the control levels, P>0.05). Leishmania infection also diminished cell adhesion to fibronectin (54.1 to 96.2%, P<0.01), collagen (15.7 to 83.7%, P<0.05) and laminin (59.1 to 82.2%, P<0.05). There was no modulation of VLA4, VLA5, LFA-1, Mac-1, L-selectin, ICAM-2 or VCAM-1 surface expression on the infected cells. However, the CDllb^ subpopulation was highly infected (49.6 to 97.3%). Replacement of Ca+2 and Mg+2 by Mn+2 reverted the inhibition caused by Leishmania (P>0.05) and this reversion was blocked by anti-VLA4 antibodies (P<0.0001). Expression of CCR4 and CCR5 mRNA was downregulated 16h after infection (2.8 to 4.1 times and 1.9 to 2.8 times, respectively). These data suggest that mechanisms regulating integrin function are implicated in the change of macrophage adhesion in leishmaniasis. This may be due to the downregulation of chemokine receptors observed or may be part of a major inhibitory effect of Leishmania infection on the phagocytes.
Keywords in Portuguese
FagócitosMacrófagos
Moléculas de Adesão Celular
Leishmaniose
Quimiocinas
Cadeias beta de Integrinas
Tecido Conjuntivo
Share