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DissertaçãoDireito Autoral
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VIVENDO ENTRE RISCOS E AGRAVOS: UM ESTUDO DE CASOS ATRAVÉS DAS VOZES DE MULHERES SUBMETIDAS AO TRANSPLANTE HEPÁTICO
Oliveira, Márcia Vieira de | Data do documento:
2004
Autor(es)
Orientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Resumo
Teve como objetivo estudar as reações emocionais e as mudanças subjetivas que ocorreram em um grupo de mulheres, desde o adoecimento até serem submetidas ao transplante hepático. O fígado é um órgão nobre dotado de uma série de simbolismos que determinam a especificidde do adoecimento e o transplante. Desde o diagnóstico da patogenia e indicação para a cirurgia são muitas mudanças a que estas mulheres se vêem confrontadas a passar. O medo da morte é constante e leva à luta pela sobrevivência.Sucessivos desafios são impostos nesta luta: o confronto com o corpo doente, o definhamento, o horror e exclusão causados pela doença, toda a ansiedade e expectativa provocadas pela espera de um orgão na lista de transplante em uma luta contra o tempo. Vencidas estas etapas, a realidade do transplante remete a outros desafios e adaptações:administração de drogas imunossupressoras para que não haja rejeição do órgão, controle médico constante, medo da recidiva da doença, lidar com um novo esquema corporal, dentre outras.Uma nova subjetividade emerge diante de tantas mudanças. A proximidade da morte não dá treguas a estes sobreviventes, que permanecem reféns de múltiplas manipulações das novas biotecnologias, na tentativa de uma sobrevida com qualidade. Todas estas repercussões é o que discutimos neste trabalho, lançando um olhar para a dimensão humana do transplante, tendo como foco a vivência singular das entrevistadas e dando voz aos seus padecimentos.
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