Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3542
INVESTIGAÇÄO UROLÓGICA E CONDUTA EM CRIANÇAS PORTADORAS DE MIELOMENINGOCELE NO PRIMEIRO ANO DE VIDA
Lins, Cristiana Osorio Navarro | Date Issued:
1997
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Abstract in Portuguese
Crianças nascidas com mielomeningocele apresentam como sequela, um distúrbio neuromuscular vesical denominado bexiga neurogênica, o qual pode evoluir com dilataçäo do trato urinário superior e perda da sua funçäo, devido ao desenvolvimento de pressöes intra-vesicais muito altas. A necessidade de se investigar essas crianças do ponto de vista urológico e tratá-las quando ocorre alteraçäo do trato urinário superior, já etá bem estabelecida. Discute-se a melhor época para se iniciar esta avaliaçäo e introduzir o tratamento, de acordo com o padräo urodinâmico, se precocemente, nos primeiros meses de vida, ou apenas quando ocorre dilataçäo do trato urinário superior e/ou estabelecer-se o refluxo vesico-ureteral. Foram avaliadas trinta crianças nascidas com mielomeningocele, as quais foram incluídas em um protocolo de investigaçäo diagnóstica no primeiro ano de vida, sendo estabelecida a conduta adequada com base no exame urodinâmico. Os resultados da avaliaçäo mostraram que as crianças investigadas numa idade precoce, em geral, säo assintomáticas, têm funçäo renal normal, näo apresentam anemia importante, e a urocultura na maioria dos casos é negativa. Na avaliaçäo por imagem, concluimos que a ultrassonografia de rins e vias urinárias isoladamente, pode näo detectar alteraçöes compatíveis com bexiga neurogênica. A urodinâmica mostrou-se essencial para o diagnóstico da disfunçäo vesical neurogênica, desde o período neonatal, em pacientes que podiam näo apresentar alteraçäo clínica, laboratorial ou radiológica. Os pacientes com pressäo intra-vesical maior ou igual à 40cmH2O, como ocorre na hiperreflexia do detrusor associada ou näo à dissinergia detrusor-esfincteriana, foram considerados de risco para deterioraçäo do trato urinário superior, e tratados com medicaçäo anticolinérgica e procedimento de esvaziamento vesical quando necessário. Aurodinamicos feitos com intervalo de seis meses, dependendo do período de acompanhamento no Ambulatório de Urodinâmica. Observamos melhora na estabilizaçäo do padräo urodinâmico com a instituiçäo do tratamento nos casos com exame inicial alterado, sendo que näo ocorreu dilataçäo do trato urinário superior nos casos em que a urodinâmica se tornou alterada e a terapêutica foi prontamente iniciada.
Share