Author | Oliveira, Roberta Gondim de | |
Access date | 2019-12-17T11:59:56Z | |
Available date | 2019-12-17T11:59:56Z | |
Document date | 2018 | |
Citation | OLIVEIRA, Roberta Gondim de. A concepção de negligência e a demarcação colonial como operadores de sujeitos vulnerabilizados: diálogos epistemológicos em práticas de saúde. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p. | pt_BR |
ISBN | 978-85-85740-10-8 | pt_BR |
URI | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38214 | |
Abstract in Portuguese | Problematiza-se a cumplicidades do projeto político, econômico e científico da modernidade e as relações de poder (coloniais) estabelecidas. Com críticas ao sujeito epistêmico neutro e universal da ciência moderna eurocêntrica, questiona-se dispositivos e produção de conhecimento. Tecnologia biomédica é altamente relevante, mas problematiza-se efeitos da transposição tout court em corpos como objeto. Discutir o Tratamento Diretamente Observado da tuberculose posto de forma não situada: acesso assistemático à medicamento; repercussão em corpos vulnerabilizados; incremento de casos de multidroga resistência e formas de controle de agentes estatais. Estudo de base qualitativa beneficiando-se de dispositivos de pesquisa como: dados secundários do Programa de Controle da tuberculose - níveis nacional, do estado e município do Rio de Janeiro; relatórios sobre doenças tropicais negligenciadas produzidos pela OMS nas duas últimas décadas; revisão de literatura; entrevistas com atores chave das políticas e das práticas de saúde nas três instâncias de gestão; observação participante em práticas de saúde, nomeadamente quando do diagnóstico e tratamento da doença, especialmente na administração da dose diária supervisionada, efetuada por profissionais de saúde em cenas de uso do crack e em uma comunidade vulnerável na cidade do Rio de Janeiro. O acompanhamento de pacientes em vulnerabilidade nos encontros diários com os profissionais de saúde demonstrou uma pluralidade de situações e desfechos – altas; interrupções e retomadas do tratamento; ‘abandonos’; multidroga resistência; desafios no controle de contatos; discussões de casos complexos na Saúde da Família e Consultório na Rua; fome, desnutrição, alcoolismo e uso abusivo de outras drogas e mortes. Os desfechos guardam relação não apenas com a determinação social da saúde e os atributos e condições de sujeitos e corpos, mas também com os acionamentos dos artefatos biomédicos e sua coordenação (Mol, 2002), vis a vis às práticas emancipatórias e subjetividade dos sujeitos. Discutir práticas de saúde, emancipação e vulnerabilidade significa situá-las enquanto questão social e reconhecer limites e potências dos sistemas explicativos das ciências. Generalizações em contextos de desigualdade, cuja opressão inscreve-se em corpos e códigos de sociabilidade, geram desfechos indesejáveis. Algumas práticas de saúde nas ruas foram pontes dialógicas entre dispositivos biopolíticos, conhecimento situado e prática emancipatória. | pt_BR |
Language | por | pt_BR |
Publisher | ABRASCO | pt_BR |
Rights | open access | pt_BR |
Subject in Portuguese | Relações de poder | pt_BR |
Subject in Portuguese | Produção de conhecimento | pt_BR |
Subject in Portuguese | Tecnologia biomédica | pt_BR |
Subject in Portuguese | Transposição tout court | pt_BR |
Subject in Portuguese | Corpo como objeto | pt_BR |
Title | A concepção de negligência e a demarcação colonial como operadores de sujeitos vulnerabilizados: diálogos epistemológicos em práticas de saúde | pt_BR |
Type | Papers presented at events | |
Affilliation | Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. | pt_BR |
Event date | 2018 | |
Event Location | Rio de Janeiro/RJ | pt_BR |
Event title | 12° Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva: fortalecer o SUS, os direitos e a democracia | pt_BR |
Event type | Congresso | pt_BR |