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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38262
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O TERRITÓRIO E A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: CONTRA-HEGEMONIA E RESISTÊNCIA
Autor(es)
Afiliação
Universidade Federal do Pará. Núcleo de Altos Estudos Amazônicos. Belém, PA, Brasil.
Associação Brasileira de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família. Recife, PE, Brasil.
Projeto Mais Médicos para o Brasil. Amazônia, Brasil.
Universidade Federal do Pará. Belém, PA, Brasil.
Associação Brasileira de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família. Recife, PE, Brasil.
Projeto Mais Médicos para o Brasil. Amazônia, Brasil.
Universidade Federal do Pará. Belém, PA, Brasil.
Resumo
Esta pesquisa adota o referencial teórico da epidemiológica crítica como subsídio para compreender a relação entre a Estratégia Saúde da Família e seu território de atuação, adotando como locus de investigação científica o bairro da Terra Firme, zona urbana de Belém-PA. Adotou-se também a teoria da produção social do espaço como orientação epistemológica de abordagem do território. Compreender a dinâmica do território e a inter-relação com as práticas da Estratégia Saúde da Família, a partir da perspectiva dos agentes sociais que utilizam os serviços de saúde e vivenciam o cotidiano do bairro. O percurso metodológico desta pesquisa seguiu as pistas de investigação cartográfica, adotando uma reversão do sentido tradicional do método: “não mais um caminhar para alcançar metas prefixadas, mas o primado do caminhar que traça, no percurso, suas metas”. A partir de uma imersão no território, optou-se pela utilização de entrevistas semiestruturadas com moradores do bairro na etapa seguinte da pesquisa em visitas domiciliares e registradas por gravador de voz. Foram elencadas, a partir dos registros de campo, as seguintes categorias de análise: Acesso aos serviços de saúde; Concepção de saúde; Estratégias de luta e resistência no território. Os relatos destacam a dificuldade de acesso aos postos de saúde como um fator que afeta negativamente a qualidade dos serviços de acordo com a percepção dos usuários. Alguns destacaram a importância da Estratégia Saúde da Família, ao citarem as visitas domiciliares e os agentes comunitários como facilitadores do acesso aos serviços. Em relação à concepção de saúde, ainda predomina a hegemonia do paradigma biomédico como estratégia de poder no campo da saúde. Porém, foi possível identificar estratégias de resistência e práticas contra-hegemônicas, a partir de experiências de participação/organização popular e de interculturalidade na abordagem do processo saúde-doença. A abordagem relacional do território permite apreender inter-relações que fundamentam a determinação social do processo saúde-doença. A dimensão do espaço vivido é essencial para compreender a dinâmica de interpenetração do biopoder nas esferas da vida cotidiana. As estratégias de resistência no território podem contribuir para a idéia de democracia biopolitica como construção de uma práxis emancipatória no campo da saúde.
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