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A AGENDA DA REFORMA SANITÁRIA NA MÍDIA IMPRESSA DE 1986: A COBERTURA DA 8ª CONFERÊNCIA E A CONFLUÊNCIA DISCURSIVA EM FAVOR DA SAÚDE PÚBLICA
Pós-ditadura militar
Reforma Sanitária
Saúde como direito
Diálogo
Contexto pró-democracia
Bardanachvili, Eliane | Fecha del documento:
2018
Autor
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumen en portugues
Este estudo visa analisar como a mídia impressa pós-ditadura militar construiu discursivamente a agenda da Reforma Sanitária, com a hipótese de que se encontrariam vozes conservadoras não aderentes à proposta e resistência à noção de saúde como direito, ainda que em diálogo com um contexto pró-democracia. Para tanto, examinamos a cobertura da 8ª Conferência Nacional de Saúde realizada por dois jornais. - Resgatar o momento discursivo referente a um marco na luta pelo direito universal à saúde – a 8ª CNS. - Identificar e analisar as construções discursivas que circularam na mídia impressa pós-ditadura acerca da agenda da Reforma Sanitária. O corpus do estudo compõe-se de 16 textos jornalísticos sobre a 8ª CNS publicados em Folha de S. Paulo (12) e O Globo (4), entre 15 e 23/3/1986, aí incluídos os dias de realização do evento (17 a 21). Orientados pela Semiologia dos Discursos Sociais e a relação dos textos com suas condições sócio-históricas , utilizamo-nos dos conceitos de formação discursiva e posição de sujeito, trabalhando do ponto de vista da designação como processo de ordenação de sentido, para identificar marcas discursivas relacionadas à agenda da Reforma Sanitária, em um momento de luta pela universalização da saúde. Observamos as falas dos sujeitos empíricos mobilizados e as posições a eles atribuídas pelos jornais. Os resultados indicaram que os textos dos dois jornais apresentaram discursividade progressista, com confluência discursiva em favor da saúde pública e alta frequência de marcas concernentes ao universo da Reforma Sanitária, até de forma literal, no que se refere ao que viria a se tornar o texto constitucional (direito de todos, dever do Estado, sistema único), e designação positiva, desde os títulos. A biografia das fontes mobilizadas de perfil conservador, como a do então presidente da República, dissociou-se dos sujeitos do discurso, cujas posições discursivas divergiram das individuais. Mesmo em temas polêmicos – como o da estatização da saúde – o efeito de sentido foi de valorização das propostas. A 8ª CNS realizou-se em meio à euforia do Plano Cruzado, apoiado por O Globo e Folha. O governo, por sua vez, ampliou a sustentação popular obtida tomando, ao menos discursivamente, posição favorável à reforma da Saúde. Entendemos, porém, que não há apenas uma forma de dizer, considerando, assim, que a cobertura dos dois jornais poderia ter tomado outros caminhos e que, dessa forma, os achados detectados podem ser relevantes para iluminar a época.
Palabras clave en portugues
Mídia impressaPós-ditadura militar
Reforma Sanitária
Saúde como direito
Diálogo
Contexto pró-democracia
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