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CONSUMO ALIMENTAR DOMICILIAR NAS TERRAS INDÍGENAS XAVANTE DE PIMENTEL BARBOSA E WEDEZÉ, MATO GROSSO, BRASIL
Alimentação
Dieta
Sedentarismo
Redução de território
Introdução de alimentos industrializados
Morbimortalidade
Autor(es)
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Centro de Ciências da Saúde. Instituto de Nutrição Josué de Castro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Centro de Ciências da Saúde. Instituto de Nutrição Josué de Castro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
As experiências de interação com a população não indígena impactam no perfil nutricional dos povos indígenas no Brasil. Apesar de haver poucos dados sobre alimentação e dieta entre os indígenas no âmbito nacional, pesquisas locais têm demostrado que o sedentarismo, a redução de território e a introdução de alimentos industrializados pode provocar alterações na morbimortalidade desta população. Caracterizar o perfil de consumo alimentar domiciliar nas aldeias Xavante nas terras indígenas Pimentel Barbosa e Wedezé (Mato Grosso). O inquérito, realizado em julho e agosto de 2011, contava com a participação de oito aldeias e 111 domicílios. Os dados analisados neste estudo tratam da economia alimentar domiciliar através da diversidade e frequência de alimentos consumidos ao longo do ano. Os dados foram avaliados a partir de um questionário de frequência alimentar adaptado para a população. Foram calculadas prevalências de consumos e origem de alimentos, a partir do consumo diário. Os moradores de 82,0% dos domicílios cultivaram roça no ano anterior. Dos alimentos de cultivo, o arroz e a mandioca foram consumidos frequentemente em 57,6% e 52,2% dos domicílios, respectivamente. Dentre os alimentos derivados de animais de criação, destacou-se o frango (16,2%). Dos alimentos coletados, caçados e pescados, o peixe foi o mais prevalente (43,2%). Entre os alimentos industrializados, destacaram-se sal (92,8%), açúcar (88,3%), café (86,5%), óleo de cozinha (85,6%), arroz (64,9%) e feijão (51,3%). Quanto aos alimentos que apresentaram menor prevalência, destacaram-se as caças de pequeno porte e tartarugas (6,3%), aves (2,7%), mel (1,8%) e carne bovina/linguiça (1,8%). A partir dos dados analisados, observou-se que poucos domicílios consumiram proteína de origem animal frequentemente, enquanto a maioria consumiu frequentemente alimentos industrializados, com alta densidade calórica e com baixo teor nutricional, como o açúcar e óleo, que estão fortemente associados a desnutrição em crianças e obesidade e doenças crônicas em adultos.
Palavras-chave
Povos indígenasAlimentação
Dieta
Sedentarismo
Redução de território
Introdução de alimentos industrializados
Morbimortalidade
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