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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54401
RELAÇÕES CLONAIS E GENÓTIPOS DE RESISTÊNCIA DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE RESISTENTES A CARBAPENÊMICOS EM CULTURAS DE VIGILÂNCIA ATIVA NO RIO DE JANEIRO
Sejas, Claudia Gladys Flores | Date Issued:
2020
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Klebsiella pneumoniae, uma das principais causas de infecções hospitalares é considerada patógeno oportunista, causador de vários tipos de infecções, principalmente em indivíduos hospitalizados. A incidência de K. pneumoniae resistente aos carbapenêmicos (KPRC) tem aumentado em todo o mundo, tornandose uma ameaça à saúde pública. Desta forma, a busca de pacientes colonizados e/ou infectados através de cultura de vigilância ativa tem sido adotada como medida de prevenção e controle da disseminação da resistência. O objetivo desse estudo foi a determinação da diversidade clonal, associada aos perfis genéticos de resistência aos carbapenêmicos em isolados de culturas de vigilância ativa, de um hospital no Rio de Janeiro. Para isso, foi realizado: a) identificação de KPRC de pacientes admitidos em UTI; b) pesquisa de genes de resistência; c) estabelecimento de relações clonais pelo ERIC-PCR; d) avaliação da diversidade genética de K. pneumoniae carreando blaNDM por MLST. Dos 108 isolados identificados como K. pneumoniae pelo VITEK II, 103 foram confirmados pela PCR. Todos os isolados (103/103) foram resistentes aos β-lactâmicos testados, 94% (97/103) à ciprofloxacina, 84 % (87/103) à tigeciclina, 77% (79/103) à gentamicina, 62% (64/103) à amicacina e 35% (36/103) à colistina. O gene blaKPC foi encontrado em 89% (92/103) dos isolados, blaOXA-48 em 37% (38/103), mcr-1 em 23% (18/103), blaVIM e blaNDM em 11% (11/103), blaBKC em apenas um isolado, blaIMP e blaSPM não foram encontrados e dois isolados foram negativos para todos os genes. O ERICPCR resultou em 83 perfis genéticos e 7 possíveis grupos clonais com percentual de identidade acima de 80%. Onze isolados blaNDM positivos foram agrupados em três perfis de resistência e quatro genótipos de resistência. A análise genotípica revelou 11 STs diferentes, sendo 8 novos e 3 descritos e dois complexos clonais (CC258 e CC15). No presente estudo, relatamos, pela primeira vez K. pneumoniae de culturas de vigilância carreando blaNDM, KPC, OXA-48 e VIM, pertencentes ao ST515. Os dados aqui apresentados nos permitem concluir que a abordagem de cultura de vigilância ativa deve ser considerada essencial no combate da resistência antimicrobiana no ambiente hospitalar
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