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O DIREITO TRANSINDIVIDUAL À SAÚDE E AS FALSAS APORIAS DA LIBERDADE INDIVIDUAL
El derecho transindividual a la salud y los falsos dilemas de la libertad individual
Streck, Lenio Luiz | Fecha del documento:
2023
Titulo alternativo
The transindividual right to health and the false dilemmas of individual freedomEl derecho transindividual a la salud y los falsos dilemas de la libertad individual
Autor
Afiliación
Universidade do Vale do Rio dos Sinos. São Leopoldo, RS, Brasil / Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumen en portugues
O presente texto pretende responder à pergunta: a obrigatoriedade de vacinação imposta pelo Estado é conflitante com a liberdade individual? Diante do recente cenário de caos sanitário resultante da pandemia de COVID-19, a dimensão pública, transindividual, da saúde foi posta em dúvida por discursos pautados na ideia de que as pessoas teriam o direito a não serem vacinadas. Em que pesem a legislação brasileira e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal terem pacificado o tema em favor da obrigatoriedade da vacina, busca-se apresentar o problema a partir de sua perspectiva epistemológica ou hermenêutica. Nesse sentido, mostra-se que, a menos que a comunidade jurídica reveja seu discurso acerca dos princípios constitucionais e direitos fundamentais, ou seja, a sua compreensão e metodologia de aplicação, tais dicotomias que surgem no debate público e nos tribunais persistirão como obstáculos à plena efetivação do Estado democrático de direito e, particularmente, do direito à saúde.
Resumen en ingles
This text aims to answer the question: is the mandatory vaccination imposed by the State in conflict
with individual freedom? Given the recent scenario of health chaos resulting from the COVID-19
pandemic, the public, transindividual dimension of health was questioned by discourses based on the
idea that people would have the right not to be vaccinated. Although the Brazilian legislation and the
jurisprudence of the Supreme Court have settled the issue in favor of the mandatory vaccine, we seek
to present the problem from an epistemological or hermeneutic perspective. In this sense, it is shown
that, unless the legal community reviews its discourse about constitutional principles and fundamental
rights, in other words, its understanding and methodology of application, such dichotomies that arise
in the public debate and in the courts will persist as obstacles to the full realization of the democratic
State of law and, particularly, the right to health.
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El presente texto pretende responder a la pregunta: ¿la obligación de vacunación impuesta por el Estado
es contraria a la libertad individual? Frente al reciente escenario de caos sanitario resultante de la pandemia de COVID-19, la dimensión pública, transindividual, de la salud fue puesta en duda por
discursos basados en la idea de que las personas tendrían el derecho a no ser vacunadas. Aunque la
legislación brasileña y la jurisprudencia del Supremo Tribunal Federal hayan pacificado el tema en
favor de la obligatoriedad de la vacuna, se busca presentar el problema desde una perspectiva
epistemológica o hermenéutica. En este sentido, se muestra que, a menos que la comunidad jurídica
revise su discurso sobre los principios constitucionales y derechos fundamentales, es decir, su
comprensión y metodología de aplicación, tales dicotomías que surgen en el debate público y en los
tribunales persistirán como obstáculos a la plena realización del Estado democrático de derecho y,
particularmente, del derecho a la salud.
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