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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61290
HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ESTRATOS GEO-ECONÔMICOS DO RIO GRANDE DO SUL
Klein, Carlos Henrique | Date Issued:
1981
Alternative title
Arterial hypertension in geo-economic strata of Rio Grande do SulAuthor
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Em 1978 foi realizado um estudo epidemiológico seccional sobre Hipertensão Arterial nos adultos de 20 a 74 anos de idade no estado do Rio Grande do Sul, através de amostragem probabilística de domicílios particulares. A estratégia básica de delineamento do estudo consistiu na divisão do estado em quatro estratos geo-econômicos. O Interior Rural (n=1086), em que predomina o setor primário da economia, apresentou a taxa de prevalência de Hipertensão Arterial (critério OMS), padronizada por sexo e idade, mais baixa e também a menor média de pressão diastólica (fase V), significativamente diferente dos demais estratos. O Cinturão Metropolitano (n=1148), que concentra o setor secundário, industrial, do estado, apresentou as médias mais elevadas de sistólica e diastólica, significativamente diferente dos demais estratos, e também a mais alta taxa de prevalência padronizada de Hipertensão Arterial. Porto Alegre (n=1133) e o Interior Urbano (n=1198), nos quais predomina o setor terciário, com graus diversos de urbanização, apresentam prevalências padronizadas de Hipertensão Arterial e médias de diastólica intermediárias, e, médias de pressão sistólica semelhantes ao Interior Rural. As médias de pressões, ajustadas por idade, quetelet, circunferência do braço, pulso radial, razão sódio/creatinina, sexo e cor da pele, dos indivíduos de posição social superior, segundo a relação de trabalho, educação e tamanho da propriedade rural, são mais baixas do que as daqueles de posição social inferior, em qualquer setor econômico. Porém, as médias de diastólica dos grupos sociais do setor primário são mais baixas do que as dos grupos equivalentes dos setores secundário e terciário. A proporção de ausencia de medida anterior a pesquisa de pressão é cerca de três vezes maior no Interior Rural do que nos estratos da Área Metropolitana (Porto Alegre e Cinturão Metropolitano). A cobertura de tratamento da Hipertensão Arterial, em relação a necessidade medida pela morbidade, é menor no Interior Rural do que nos demais estratos, e, é duas vezes maior nos indivíduos de posição social superior do que nos de posição social inferior, nos setores secundário e terciário. A Hipertenção Arterial é um relevante problema de saúde pública no Rio Grande do Sul, pois afeta a pelo menos um em cada dez adultos deste estado (11.3%), e, sua distribuição regional é dependente de estruturas sociais e economicas. As pressões arteriais das pessoas estão relacionadas com o ramo de atividade econômica e com a posição no trabalho das mesmas.
Abstract
In 1978, a sectional epidemiological study was carried out on Arterial Hypertension in adults aged 20 to 74 years in the state of Rio Grande do Sul, using probabilistic sampling of private households. The basic study design strategy consisted of dividing the state into four geo-economic strata. The Rural Interior (n=1086), where the primary sector of the economy predominates, had the lowest prevalence rate of Arterial Hypertension (WHO criteria), standardized by sex and age, and also the lowest mean diastolic pressure (phase V ), significantly different from the other strata. The Metropolitan Belt (n=1148), which concentrates the secondary, industrial sector of the state, presented the highest systolic and diastolic averages, significantly different from the other strata, and also the highest standardized prevalence rate of Arterial Hypertension. Porto Alegre (n=1133) and the Urban Interior (n=1198), in which the tertiary sector predominates, with different degrees of urbanization, present standardized prevalences of Arterial Hypertension and intermediate diastolic averages, and systolic pressure averages similar to the Rural Interior. The average pressures, adjusted for age, quetelet, arm circumference, radial pulse, sodium/creatinine ratio, sex and skin color, of individuals with a higher social position, according to the work relationship, education and size of the rural property, are lower than those of lower social status, in any economic sector. However, the diastolic averages of social groups in the primary sector are lower than those of equivalent groups in the secondary and tertiary sectors. The proportion of absence of measurement prior to the pressure survey is around three times higher in the Rural Interior than in the Metropolitan Area strata (Porto Alegre and Metropolitan Belt). The treatment coverage for Arterial Hypertension, in relation to the need measured by morbidity, is lower in the Rural Interior than in the other strata, and is twice as high in individuals with a higher social position than in those with a lower social position, in the secondary sectors and tertiary. Arterial Hypertension is a relevant public health problem in Rio Grande do Sul, as it affects at least one in ten adults in this state (11.3%), and its regional distribution is dependent on social and economic structures. People's blood pressure is related to their field of economic activity and their position at work.
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