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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
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UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL: GÊNERO, CARACTERÍSTICAS FAMILIARES E CONDIÇÃO SOCIAL
Alternative title
Utilization of health care services in Brazil: gender, family characteristics, and social statusAuthor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Informação Científica e Tecnológica. Departamento de Informações em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Informação Científica e Tecnológica. Departamento de Informações em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Núcleo de Estudos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Núcleo de Estudos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Informação Científica e Tecnológica. Departamento de Informações em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Núcleo de Estudos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Núcleo de Estudos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Objetivo. Investigar o perfil de utilização de serviços de saúde por homens e mulheres no
Brasil.
Métodos. Utilizaram-se os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios realizada
em 1998. Foram desenvolvidos modelos de regressão logística para analisar as informações
relativas a homens e mulheres com e sem restrição de atividades por motivos de saúde
nos 15 dias que antecederam a pesquisa. As variáveis individuais foram: posição no mercado
de trabalho, escolaridade e raça. Também foram analisadas variáveis relativas à família: renda
familiar per capita, tamanho da família e escolaridade e posição do chefe da família no mercado
de trabalho. Nos modelos em dois níveis (variáveis individuais e familiares) evidenciouse
um efeito de família que, entretanto, não foi captado pelas variáveis analisadas.
Resultados. As mulheres utilizaram mais os serviços de saúde, mesmo quando controlado
o efeito da restrição de atividades por motivo de saúde. O uso de serviços de saúde por homens
e mulheres dependeu do poder aquisitivo das famílias e das características sociais do próprio
indivíduo, definindo um perfil de desigualdades sociais. Observaram-se diferenças no perfil de
desigualdade nos gêneros entre pessoas que referiram e não referiram restrição de atividades.
As variáveis familiares tiveram maior importância na explicação do consumo de serviços por
pessoas sem restrição de atividade.
Conclusões. A formulação de políticas voltadas para a redução das desigualdades no consumo
de serviços de saúde deve considerar as diferenças entre mulheres e homens, além da importância
das características familiares. Ressalta-se a necessidade de incluir as dimensões gênero
e família na especificação dos modelos de uso de serviços de saúde.
Abstract
Objective. To investigate the pattern of utilization of health care services by men
and by women in Brazil.
Methods. We used data from the Brazilian National Household Sample Survey (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios) carried out in 1998. Logistic regression models
were developed to analyze information concerning men and women who had
and who did not have restrictions in their routine activities due to health problems
during the 15 days before the survey. The individual variables considered were: labor
market position (type of employment), amount of schooling completed, and race.
Also analyzed were family-related variables: per capita family income, size of the family,
and, for the head of the family, the amount of schooling and labor market position.
The two-level models (with family and individual variables) showed an effect
from family characteristics, but the variables analyzed did not explain that effect.
Results. Women used health services more often than did men, even after controlling
for restrictions in routine activities due to health reasons. The use of health services
by men and women was dependent on family income and on the social status
of the individual, indicating a pattern of social inequality. In both the group with restrictions
in their activities and in the group without such restrictions, the men and
women differed from each other in their utilization of health care services. Family variables
were more important in explaining the utilization of health services among people
without restrictions in their activities.
Conclusions. Policies aimed at reducing inequalities in access to health care services
must take into consideration the differences between women and men as well as the
importance of family characteristics. It is also important to stress the need to include
the dimensions of gender and family in the design of health service utilization models.
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