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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/63199
FRAGILIDADE E QUALIDADE DE VIDA EM UMA COORTE DE IDOSOS VIVENDO COM HIV/AIDS NO RIO DE JANEIRO
Jesus, Jovanice Santana de | Date Issued:
2021
Author
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: A terapia antirretroviral possibilitou o aumento da sobrevida das pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) e, por consequência, as pessoas estão envelhecendo com HIV. A infecção crônica pelo HIV parece ter consequências no processo de envelhecimento, incluindo o desenvolvimento da fragilidade. Objetivos: Estimar a prevalência de fragilidade entre PVHA com 50 anos ou mais na coorte do INI-Fiocruz, avaliar as associações entre fragilidade e qualidade de vida (QV), além de elaborar um procedimento operacional padrão (POP) para o ambulatório de HIV do INI-Fiocruz. Metodologia: Estudo prospectivo seccional, exploratório, realizado entre maio de 2019 e março de 2020, com PVHA de 50 anos ou mais acompanhados na coorte do INI-Fiocruz. Um questionário foi aplicado contendo questões sobre dados sociodemográficos, clínicos, fragilidade e QV. A fragilidade foi mensurada através do método proposto por Fried, constituído por cinco domínios: (1) perda de peso; (2) exaustão, (3) fraqueza, (4) baixa velocidade de marcha, (5) baixa atividade física e os participantes foram classificados em não frágeis, pré-frágeis e frágeis. QV foi avaliada através do questionário ACTG SF-21, construído por oito domínios. Testes de Kruskal-Wallis e de Fisher foram utilizados para avaliar associações entre fragilidade e os domínios de qualidade de vida, e outras co-variáveis Resultados: Durante maio de 2019 a março de 2020, 107 indivíduos foram avaliados. Dentre estes, 63,6% eram homens, 57,9% heterossexuais, 45,8% pardos, 66,4% residiam na cidade do Rio de Janeiro, 43,9% possuiam ensino médio completo e 36,4% reportaram renda familiar < 3 salários mínimos. A prevalência de fragilidade foi de 6,6% (95% IC: 2,9-13,5); 63,5% dos participantes foram considerados pré-frágeis. O domínio mais pontuado para fragilidade foi o baixo nível de atividade física. Participantes com fragilidade apresentaram menores escores de qualidade de vida em comparação com os não frágeis e pré-frageis (p<0,02). Conclusão: Foi observada uma prevalência significativa de pré-fragilidade e fragilidade em uma amostra de PVHA com 50 anos ou mais. A fragilidade foi associada a uma pior qualidade de vida. A prática de atividade física regular pode ser útil na prevenção da fragilidade entre PVHA com 50 anos ou mais
Abstract
Introduction: Antiretroviral therapy has made it possible to increase the survival of people living with HIV/AIDS (PLWHA) and, as a result, people are aging with HIV. Chronic HIV infection appears to have consequences for the aging process, including the development of frailty. Objectives: To estimate the prevalence of frailty among PLWHA aged 50 or over in the INI-Fiocruz cohort, to assess the associations between frailty and quality of life (QoL), in addition to developing a standard operating procedure (POP) for the HIV outpatient clinic in INI-Fiocruz. Methodology: Prospective sectional, exploratory study, carried out between May 2019 and March 2020, among PLWHA aged 50 years or older followed up in the INI-Fiocruz cohort. A questionnaire was administered containing questions about sociodemographic data, frailty and QoL. Frailty was measured using the method proposed by Fried, consisting of five domains: (1) weight loss; (2) exhaustion, (3) weakness, (4) low walking speed, (5) low physical activity; participants were grouped into non-fragile, pre-fragile and fragile. QOL was assessed using the ACTG SF-21 questionnaire, constructed by eight domains. Kruskal-Wallis test and Fisher's exact test were used to assess associations between frailty and quality of life domains, and other covariates Results: During March 2019 to May 2020, 107 individuals were evaluated. Among them, 63.6% were men, 57.9% heterosexual, 45.8% Pardo, 66.4% lived in the city of Rio de Janeiro, 43.9% completed high school and 36.4% reported family income <3 minimum wages. The prevalence of frailty was 6.6% (95% CI: 2.9-13.5); 63.5% of the participants were considered pre-frail. The most punctuated domain for frailty was the low level of physical activity. Participants with frailty had lower scores on quality of life compared to non-frail and pre-frail (p <0.02). Conclusion: A high prevalence of pre-frail and frail elderly people was observed in a sample of PLWHA aged 50 years or older. Frailty was associated with a worse quality of life. Regular physical activity can be useful in preventing frailty among PLWHA aged 50 years or older
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