AM - ILMD - PPGVIDA - Dissertações de Mestrado
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23443
2024-03-28T10:45:21ZInfecção do trato urinário em gestantes como causa de internação nas maternidades públicas de Manaus, Amazonas e o desfecho da gestação
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/63102
Infecção do trato urinário em gestantes como causa de internação nas maternidades públicas de Manaus, Amazonas e o desfecho da gestação
Oliveira, Thiago Gomes de
Objetivo: descrever e analisar os casos de infecção do trato urinário (ITU) em gestantes como causa de internação nas maternidades públicas de Manaus- Amazonas, no ano de 2017 e seus possíveis efeitos sobre a gestação. Método: trata-se de um estudo observacional transversal, de abordagem descritiva, com 251 gestantes internadas por ITU na cidade de Manaus, sendo a coleta realizada no período de 2020 a 2021. Foram realizados os cálculos para determinar as frequências relativas e absolutas, média, desvio padrão e teste de associação. Resultados: no período estudado, foram notificados pelo SIH- SUS um total de 374 internações de gestantes por ITU. Desse, foram analisados 251 casos, a maior frequência de notificações foi em mulheres na faixa-etária de >20 a mais 172 (68,5%), pertencentes a zona sul de Manaus 150 (59,7%), em união estável/casadas 98 (39,0%), com residência na capital 213 (84, 8%), autodeclaradas pardas 110 (43,8%), a maioria das gestantes realizaram o pré-natal 185 (73,7%), com gestação do tipo única 241 (96,0 %), com no mínimo uma cesariana 168 (66,9%). Por sua vez, o perfil clínico laboratorial demonstrou alterações importantes. A maioria das gestantes chegaram a confirmar o diagnóstico de ITU 231 (92,032%), o método mais utilizado o exame de EAS 178 (70,916%), precisou de internação 233 (92,829%), com uma média de 6,2 (±3,7) dias de internação. O principal desfecho gestacional encontrado foi a alta hospitalar 119 (47,4%), sendo a proteinúria (P 0,039) o principal desfecho associado a internação. Conclusão: pôde-se observar maior prevalência de internação em gestantes na faixa etária >20 anos, em união estável/casadas, residentes da capital, que realizaram o pré-natal, gestação univitelina, com diagnóstico laboratorial para ITU, uma média de 6,2 (±3,7) dias de internação, tendo como principal desfecho a alta hospitalar e a proteinúria como desfecho significativo.
2022-01-01T00:00:00ZA Covid-19 como fator determinante de desfechos adversos da gestação no estado do Amazonas: 2020 a 2022
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/63094
A Covid-19 como fator determinante de desfechos adversos da gestação no estado do Amazonas: 2020 a 2022
Melo, Carolina da Silva
Introdução: O novo coronavírus SARS-CoV-2 surgiu pela primeira vez em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, China, com uma virulência e transmissão possibilitando infectar em proporções pandêmicas e se tornando um problema de saúde pública. Em determinadas populações o vírus apresenta maior chance de resultados adversos, tais como o grupo de gestantes e puérperas. Definir os efeitos da doença sobre o curso da gestação e sobre os desfechos neonatais é um objeto de estudo de grande interesse que possibilita mediar ações futuras de manejo e dimensionar o impacto da doença nesse público. Objetivo: Descrever e analisar efeito da infecção materna por SARS-CoV-2/COVID-19 sobre a gestação e sobre o concepto. Metodologia: trata-se de um estudo analítico de coorte retrospectiva de base populacional, entre mulheres grávidas com dados secundários do Sistema Nacional de Nascidos Vivos, Sistema Nacional de Mortalidade, Sistema e-SUS Vigilância em Saúde e Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe. Considerou-se exposição o diagnóstico de infecção pelo vírus, e como desfecho a interrupção prematura da gestação, baixo peso ao nascer, adaptação neonatal imediata prejudicada e morte neonatal. Resultados: Nos anos de 2020 a 2022, o Amazonas apresentou 201.728 nascidos vivos, sendo 8.149 de mães expostas ao vírus SARS-CoV-2 na gestação. A taxa de incidência da infecção em gestantes no estado foi de 40 casos para 1.000 gestações. As análises bivariadas foram utilizadas para associação da COVID-19 com desfechos adversos da gestação e dos recém-nascidos, houve associação significativa (p-valor < 0,001) da COVID-19 com a duração da gestação menor que 37 semanas. O baixo peso ao nascer, o óbito neonatal e APGAR < 7 no minuto 5 foram atestados como desfechos adversos entre os recém-nascidos de mães expostas ao vírus. O parto do tipo cesárea foi mais frequente em gestantes com COVID-19 (49%) comparadas as gestantes sem exposição (40%) com p-valor < 0,001. Conclusão: A exposição ao vírus SARS-CoV-2 e doença COVID-19 pode contribuir para desfechos desfavoráveis da gestação e nos resultados neonatais. É necessário o desenvolvimento de estudos para definir a causalidade desses efeitos adversos e contribuir para diminuição das implicações da COVID 19 nessa população.
2023-01-01T00:00:00ZA gestação como determinante de evolução do quadro de Covid-19 em mulheres em idade fértil no estado do Amazonas: período 2020 a 2022
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/63093
A gestação como determinante de evolução do quadro de Covid-19 em mulheres em idade fértil no estado do Amazonas: período 2020 a 2022
Evangelista, Rosana da Conceição
Introdução: Devido a pandemia do novo Coronavírus, o mundo todo enfrentou uma emergência de saúde pública sem precedentes. O avanço da pandemia e a crise sanitária trouxeram preocupações com os grupos de risco que apresentam maior vulnerabilidade para o agravamento da doença. A alta capacidade de infecção do SARS-CoV-2, associada à sua disseminação em populações mais vulneráveis, que vivem em territórios com condições de vida diferentes, sinalizaram para riscos diferenciados de ocorrência da Covid-19. Evidências apontam que mulheres grávidas são grupo de risco para mortalidade pelo Coronavírus, estando mais suscetíveis aos patógenos respiratórios e pneumonias graves devido às alterações imunológicas e adaptações fisiológicas sofridas durante a gestação. Objetivo: Descrever e analisar as características clínicas e epidemiológicas da infecção por SARS-CoV-2 em mulheres em idade fértil e a gestação como fator associado ao quadro clínico de Covid-19 no estado do Amazonas, no período de 2020 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte retrospectiva de base populacional, de casos confirmados de Covid-19 em mulheres em idade fértil, no estado do Amazonas, entre 2020 e 2022, no qual foi realizado relacionamento de bases de dados de quatro sistemas de informação: SIVEP-Gripe, e-SUS Notifica, SINASC e SIM, por meio de linkage de dados para identificar se a gestação é um fator de risco para gravidade da Covid-19 e fatores associados. Resultados: foram incluídas na análise 63.864 mulheres em idade fértil com registros de infecção por SARS-CoV-2, com um percentual de 14,63% gestantes na população do estudo. A taxa de Covid-19 grave ou crítica em gestantes foi de 8,2%(mulheres não grávidas 7,9%), associando a vacinação o valor foi de 4,2% (não gestantes foi de 4,3%). Conclusão: o estudo demonstrou que a taxa de Covid-19 grave ou crítica foi maior nas mulheres gestantes e diminui significativamente, na população do estudo, quando associada a vacinação prévia.
2023-01-01T00:00:00ZRedes vivas na Amazônia indígena urbana: cartografia do acesso aos serviços de saúde e produção do cuidado em Manaus/AM.
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/62879
Redes vivas na Amazônia indígena urbana: cartografia do acesso aos serviços de saúde e produção do cuidado em Manaus/AM.
Alves, Raniele Alana Lima
A discussão sobre o direito fundamental do acesso a saúde aos indígenas em contexto urbano e em territórios não demarcados, ganhou repercussão com a Pandemia de Covid-19. Em Manaus, frente a ausência do Estado, diversas foram as formas autônomas de enfrentamento e combate a Pandemia de Covid-19 organizado pelos movimentos indígenas. Deste modo, esta pesquisa alude sobre a produção do cuidado em saúde para indígenas residentes na cidade de Manaus, tendo como objetivo geral analisar o percurso do acesso aos serviços de saúde e a produção de cuidado de indígenas que residem na Comunidade Parque das Tribos, zona urbana de Manaus, a partir de suas Redes Vivas. Abrangemos o território singular da maior Comunidade multiétnica presente no contexto urbano da cidade de Manaus, onde coexistem 35 etnias, além de não-indígenas, a Comunidade Parque das Tribos que é um representativo da singularidade dos territórios indígenas que permeiam a cidade de Manaus e seus arredores. Além disso, utilizamos o conceito de Redes Vivas que versa sobre as redes construídas pelos usuários e seus familiares à procura de satisfazer suas necessidades de cuidado em saúde. O método utilizado foi a abordagem cartográfica que possibilitou a utilização de instrumentos e ferramentas que compuseram nossa caixa de ferramentas, cabe destacar o usuário-guia, o diário de campo, a observação-participante, e os muitos encontros oriundos desta pesquisa. Desse modo, este trabalho acompanhou os caminhos de uma usuária-guia indígena nos serviços formais de saúde no território urbano. Assim, as informações produzidas por este estudo evidenciam que os indígenas em contexto urbano se constituem e acessam as suas redes sociais que transbordam os fluxos determinados e prescritos pelas políticas de saúde e se ressignificam na produção do cuidado em saúde a partir das conexões com suas redes vivas. Desse modo subvertem o racismo na atenção à saúde indígena no contexto urbano e nos sugerem modos outros de produção de novos sentidos do viver e do cuidado para os povos originários urbanos e introduzem outros modos de existir nas cidades, pautados em seu bem-viver, nos inspirando ao “devir ancestral”.
2023-01-01T00:00:00Z