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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12291
ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA COM SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS VIVENDO EM COMUNIDADE: PROJETO BAMBUÍ
Ruas, Luís Gustavo Alves | Date Issued:
2015
Author
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este estudo tem como objetivo investigar a associação entre a síndrome metabólica (SM) e os sintomas depressivos e verificar se há um efeito de gradiente entre o número de componentes da síndrome metabólica e sintomas depressivos em idosos residentes em uma comunidade no Brasil. Dos 1772 idosos selecionados (> 60 anos), que viviam na cidade de Bambuí (15000 habitantes), no sudeste do Brasil, 1469 participaram. A variável dependente deste estudo foi síndrome metabólica e seus componentes, de acordo com os critérios NCEP-ATP III (National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III, 2002). A variável independente foi a presença de sintomas depressivos, medida pelo GHQ-12 (General Health Questionnaire). Os 1469 participantes neste estudo tiveram uma média (desvio
padrão) de idade de 69.9 (7.2) anos, a maioria era do sexo feminino, e a baixa
escolaridade era predominante. A média (desvio padrão) de sintomas depressivos
foi de 3.9 (3.4) e a prevalência de SM foi de 39.7%, 20.3%, 13.7% e 5.6%, para a
presença de 3 ou mais componentes e para a presença de somente 3, 4 ou 5 componentes respectivamente. A presença da SM como variável dicotômica foi significativamente associada na análise com sintomas depressivos no modelo não ajustado (OR = 1,39; IC 95% 1,14-1,69) e no modelo ajustado (OR = 1,31; IC 95% 1,05-1,63). Em relação a SM como variável categórica, tendo como referência a ausência da SM e as demais categorias, presença de 3, 4 ou 5 componentes, conforme a definição desse constructo, a associação significativa com os sintomas depressivos foi encontrada no modelo não ajustado (OR = 1,48; IC 95% 1,15-1,90) e ajustado (OR = 1,48; IC 95% 1,13-1,94), exclusivamente, para a presença de três componentes. Este estudo fornece, pela primeira vez, evidências epidemiológicas de
que a associação da SM com os sintomas depressivos nos idosos não apresenta um
efeito de gradiente relacionado ao aumento progressivo do número de componentes, mesmo após cuidadoso controle dos potenciais fatores de confusão. Além disso, observou-se que a associação da SM com os sintomas depressivos é semelhante entre os diferentes tercis.
Abstract
This study aims to investigate the association between metabolic syndrome (MS) and depressive symptoms and check for a gradient effect of the number of components
of the metabolic syndrome and depressive symptoms in elderly residents of a
community in Brazil. Of 1772 selected elderly (> 60 years), living in Bambuí (15,000 inhabitants), in southeastern Brazil, 1469 participated. The dependent variable in this study was metabolic syndrome and its components, according to the NCEP ATP III criteria (National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III, 2002).
The independent variable was the presence of depressive symptoms as measured by the GHQ-12 (General Health Questionnaire). The 1469 participants in this study had a mean (SD) age of 69.9 (7.2) years, most were women, and the low level of education was predominant. The mean (standard deviation) of depressive symptoms was 3.9 (3.4) and the prevalence of MS was 39.7%, 20.3%, 13.7% and 5.6%, in the presence of 3 or more components and to the presence of only 3, 4 or 5 components respectively. The presence of MS as a dichotomous variable was significantly associated with depressive symptoms in the analysis in the unadjusted model (OR = 1.39, 95%CI 1.14-1.69) and in the adjusted model (OR = 1.31; 95 % 1.05-1.63).
Regarding SM as a categorical variable, with reference to the absence of MS and other categories, presence of 3, 4 or 5 components, as defined this construct, the
significant association with depressive symptoms was found in the unadjusted model
(OR = 1,48; 95%CI 1.15-1.90) and adjusted (OR = 1.48; 95%CI 1.13-1.94), exclusively for the presence of three components. This study provides, for the first time, epidemiological evidence that the association of MS with depressive symptoms
in the elderly does not have a gradient effect related to increasing the number of
components, even after careful control of potential confounding factors. Furthermore,
it was observed that the association of MS with depressive symptoms are similar among the different tertiles.
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