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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13707
SOBRE AS INVISIBILIDADESA MULHER CIENTISTA EM FILMES DE COMÉDIA UTILIZADOS NO ENSINO DE DEONTOLOGIA E ÉTICA FARMACÊUTICA
Mendonça, Lêda Glicério | Date Issued:
2015
Author
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A proposição do uso do cinema de comédia em sala de aula emergiu da necessidade de se encontrar uma estratégia motivadora para auxiliar na apreensão dos conteúdos da Deontologia e Ética Farmacêutica, disciplina baseada em normas e leis, campo de pouco interesse dos alunos de graduação em Farmácia. Essa prática pedagógica já foi utilizada com sucesso em outros contextos e tomou como base estudos similares conduzidos anteriormente no Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz. Os filmes utilizados foram: O inventor da mocidade (1952); O professor aloprado (1963); Júnior (1994); O professor aloprado (1996) e Sem sentido (1998). Dessa forma, o objetivo deste trabalho é discutir a apropriação do cinema de comédia como estratégia no ensino de Deontologia e Ética Farmacêutica e analisar, consequentemente, como a sétima arte reflete a imagem do profissional que pesquisa medicamentos. Os resultados apurados indicaram que a grande maioria dos discentes apoia o uso do cinema como ferramenta facilitadora e aproximadora de campos de estudos considerados tão áridos e distantes de sua realidade e indicaram a comédia como gênero cinematográfico de grande aceitação
No decorrer da análise dos filmes selecionados constatou-se que a imagem do cientista de medicamentos construída pelo cineasta geralmente é atrelada ao homem, professor de Universidade, médico ou químico. As farmacêuticas foram excluídas. Quando o farmacêutico aparece no cinema, sua imagem é atrelada à botica do século XIX. Revela ainda que o papel da mulher como coadjuvante da ciência sofreu modificações ao longo do tempo, embora ainda persista. Estes fatos acabam, de certa maneira, tanto refletindo o senso comum como reforçando esse estereótipo e influenciando ao grande público. Esperamos, com este trabalho, não apenas contribuir para encorajar o uso do cinema no ensino de Deontologia, mas de forma mais ampla, naquelas disciplinas que são de difícil compreensão ou não são apreciadas pela maioria dos alunos, como também trazer à luz a discussão do papel do farmacêutico como legítimo pesquisador de medicamentos, ressaltando que a mulher está ocupando, cada vez mais, uma fatia considerável desse mercado
Abstract
The proposal of the use of comedies in the classroom arose out of the need to find a
motivating strategy to help teach about Pharmaceutical Deontology and Eth
ics,
discipline based on rules and laws, field of scarce interest to undergraduate
Pharmacy students. This pedagogical practice has been already successfully
employed in other contexts and was based on similar previous studies carried out at.
The selected
movies were: “The monkey business” (1952); “The nutty professor’
(1963); “Junior” (1994); “The nutty professor” (1996) and “Senseless” (1998). Thus,
the aim of this work is to discuss the appropriation of comedies as pedagogical
strategies in the teaching
of Deontology and Ethics Pharmaceutical and to analyze,
therefore, how the seventh art reflects the image of the professional that develops
therapeutic substances.
The results of this study indicated that most students agree
that the use of comedies is ca
pable of improving the interest in Deontology themes,
which are usually so distant from their own reality, and elected comedy as a preferred
film genre.
During the analysis of the selected films the image of the scientist who
researches therapeutic substan
ces that the filmmaker produced was shown to be
linked to that of the male gender, university professor, doctor or chemist.
Pharmacist
women were excluded. When the pharmacist appears in movies, his image is linked
to the pharmacy of the nineteenth century
. It was also revealed that although the
understudy role of women in Science has changed throughout the years, it still
persists. These facts end up, in a way, reflecting the common sense, as well as
reinforcing this stereotype and influencing the general
public. Our hope is, with this
work, not only help to boost the use of film in the teaching of ethics, but
more broadly,
in
those academic disciplines
that
are difficult to understand or are not appreciated by
most students, as well as bring to light the d
iscussion of the role of the pharmacist as
a legitimate researcher of therapeutic substances, noting that women are occupying,
increasingly, a considerable portion of this market
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