RADIS - Número 142 - Julho

Abstract

O texto destaca a desigualdade existente no mundo e aborda a luta entre aqueles que perpetuam a barbárie e os que buscam reduzir as iniquidades. Argumenta que as condições de vida insatisfatórias, especialmente para as populações mais vulneráveis, são resultado de decisões políticas e modelos de desenvolvimento que priorizam o mercado e o capital em detrimento da vida humana. Um artigo da revista Lancet, assinado por 18 especialistas, destaca que as iniquidades em saúde têm origem política e podem ser alteradas por escolhas políticas em fóruns internacionais. O texto também menciona a discriminação racial no ambiente de trabalho, com taxas de desocupação maiores entre negros, e destaca a discriminação de raça/cor nas condições de vida e no tratamento nos serviços de saúde. Aborda ainda a persistência do trabalho infantil no Brasil, com exemplos de atividades de risco realizadas por crianças, e critica tentativas no Congresso Nacional de atenuar o conceito de trabalho análogo ao de escravo. Além disso, são apresentados temas de pesquisa de um mestrado organizado por escolas com nomes de Sergio Arouca e Florestan Fernandes, abordando questões como resíduos de agrotóxicos em merenda escolar, impactos da monocultura de eucalipto, papel da escola em assentamentos, impactos na saúde de famílias afetadas por usinas hidrelétricas, saúde de catadoras de caranguejos, tecnologias para convivência no Semiárido nordestino e preparação dos profissionais de saúde para lidar com questões agrícolas. Em síntese, o texto destaca a importância da crítica para alcançar uma verdadeira saúde, apontando para as diversas dimensões da desigualdade e injustiça presentes na sociedade.