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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23426
LEISHMANIOSE MUCOSA TOXICIDADE CÓCLEO-VESTIBULAR DO TRATAMENTO COM ANTIMONIATO DE MEGLUMINA E PREVALÊNCIA DA ENDEMIA NO BRASIL
Antimônio
Leishmaniose Tegumentar Americana
Antimoniato de Meglumina
Perda auditiva
Tontura
Leishmaniose Tegumentar Americana
Perda auditiva
Tontura
Epidemiologia
Melo, Maria Helena de Araújo | Date Issued:
2010
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A ototoxicidade é a tendência de certos agentes terapêuticos causarem prejuízo funcional e degeneração celular dos tecidos da orelha interna, afetando o sistema coclear e/ou sistema vestibular. Nossa observação sobre a tontura como efeito adverso (EA) do antimoniato de meglumina (AM), ao longo de dezesseis anos, pelos pacientes acompanhados pelo ambulatório de Leishmaniose (LabVigiLeish), motivou-nos a iniciar uma pesquisa com o objetivo de descrever a cócleovestíbulotoxicidade deste fármaco. Apresentamos três artigos sobre leishmaniose mucosa (LM). No primeiro, avaliamos a tontura como EA ao uso do AM em 127 pacientes tratados de LM pelo Ipec-Fiocruz. Comprovamos que a tontura pode ocorrer como EA ao AM em 4,7% dos pacientes estudados, com chance maior em mulheres (Adj OR = 7,37), idade igual ou superior a 60 anos (Adj OR = 4,9) e com aumento de lipase sérica (Adj OR = 7,77). No segundo artigo, descrevemos o primeiro relato de toxicidade cócleo-vestibular associado ao uso de AM, ocorrido em um paciente de 79 anos com LM atendido no LabVigiLeish no Ipec-FioCruz, que apresentou tontura rotatória incapacitante e perda auditiva, durante o tratamento, ambas reversíveis após a parada do mesmo. Entre os fatores de risco associados observamos a idade a partir de 60 anos e a presença de alterações pancreáticas. No terceiro artigo, com o objetivo de determinar se a forma de expressão clínica e a prevalência de Leishmaniose Tegumentar (LT) estão associadas, estudamos os dados clínicos e epidemiológicos durante o período de 2002 a 2009, em todas as regiões do Brasil, segundo os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Nossos resultados mostram que nas regiões com menor prevalência e endemicamente mais novas, existe uma maior proporção de casos com evolução para LM, em comparação com as regiões com maior prevalência e endemicamente mais antigas (p<0,05). Concluímos que o antimoniato de meglumina apresenta efeito tóxico cócleo-vestibular aparentemente reversível, principalmente no sexo feminino, em idosos e com toxicidade pancreática associada e que, a proporção de LM varia de forma inversa com a prevalência de LT nas diferentes regiões do país.
Keywords in Portuguese
Leishmaniose MucocutâneaAntimônio
Leishmaniose Tegumentar Americana
Antimoniato de Meglumina
Perda auditiva
Tontura
DeCS
Leishmaniose MucocutâneaLeishmaniose Tegumentar Americana
Perda auditiva
Tontura
Epidemiologia
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