Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24126
A SEREIA AMAZÔNICA DOS AGASSIZ: ZOOLOGIA E RACISMO NA VIAGEM AO BRASIL
Kury, Lorelai Brilhante | Date Issued:
2001
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Abstract in Portuguese
Louis e Elizabeth Agassiz viajaram pelo Brasil entre 1865 e 1866. O relato publicado pelo casal e a repercussão da viagem indicam que o material produzido sobre o Brasil buscou atingir um público mais amplo do que o de leitores especialistas em história natural. A expedição pela Amazônia deu destaque à atividade científica de Agassiz e reforçou as estratégias de legitimação de suas teorias raciais e biogeográficas. Os
problemas suscitados por sua viagem não são tratados como meramente locais.
Os peixes do Amazonas e seus afluentes são utilizados para solidificar os argumentos dos criacionistas contra os evolucionistas, além de possibilitarem a defesa de uma biogeografia estática, onde cada ser teria sido designado para habitar uma região
específica do planeta. Suas observações sobre a mestiçagem brasileira apóiam
sua opinião de que as raças não devem se misturar, e fortalecem o campo político
de parte da elite norte-americana que pregava a segregação dos negros.
Abstract
Louis and Elizabeth Agassiz traveled to Brazil in 1865 and 1866. Their journal and the results of their journey indicate that they tried to reach much more than strict specialists in Natural History. This expedition in Amazon helps to spot Louis scientific activities
and reinforce the strategy of legitimization of his racial and biogeographic theories. Questions raised during the journey were not considered as merely local ones. Fish from the Amazon Basin were treated as arguments to strengthen creationist camp against evolutionists. It also defends his static biogeography, which asserts that every being has been created to live in a specific region of the globe. Their observations about Brazilian
miscegenation supported the idea that races mustn’t hybridize, according to the part of North American elite that claimed for black segregation.
Share