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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24820
BIOÉTICA E REPRODUÇÃO ASSISTIDA: O QUE PENSAM MÉDICOS EM FORMAÇÃO
Goldman, Claudia Waymberg | Date Issued:
2017
Alternative title
Bioethics and Assisted Reproduction: What Doctors Think AboutAuthor
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A reprodução assistida, fruto dos avanços tecnológicos na área de saúde, está inserida em um contexto completo que resultou em questões inesperadas e conflitos morais. Considerando a importância do papel da formação médica na aquisição de conteúdos essenciais para o exercício da medicina, bem como no desenvolvimento que possibilite a identificação e enfrentamento de problemas morais, esta pesquisa teve como objeto de estudo a percepção de residentes de ginecologia e obstetrícia acerca dos aspectos éticos da reprodução assistida. O estudo é qualitativo, do tipo descritivo exploratório e foi realizado em um hospital universitário que dispõe de um ambulatório de reprodução assistida e tem importante papel na formação médica. Para a coleta de dados, além de revisão de literatura no campo estudado, foram realizadas entrevistas individuais seguindo um roteiro semiestruturado, com 16 residentes da instituição que já tivessem atuado no ambulatório em questão. Os resultados obtidos evidenciam a dificuldade na identificação de conflitos morais relacionados às tecnologias disponíveis no ambulatório da pesquisa. Situações consideradas eticamente conflituosas se relacionaram à alta complexidade e se vincularam a questões religiosas, vivências pessoais, preocupação com o risco de eugenia, questões de gênero, dificuldades relacionadas ao campo de aprendizado, dentre outras. Verificou-se que há um desconhecimento da normatização relacionada ao campo da reprodução assistida, e foi apontada a falta de espaço de reflexão das questões levantadas. Portanto, ressalta-se o papel transdisciplinar da bioética na formação médica, visando oferecer subsídios para o desenvolvimento da competência moral, a partir de métodos pedagógicos que estimulem a formação de médicos críticos e capazes de identificar e agir de forma autônoma diante de conflitos morais com os quais irão se deparar.
Abstract
The fruit of technological advances in the health sector, assisted reproduction is part of a wider, complex context that has resulted in unexpected issues and moral conflicts. The object of this research if the perception that gynecology and obstetrics residents have of the ethical aspects of assisted reproduction. This is a crucial issue given the importance of medical training for both learning essential content for practicing medicine and developing the ability to identify and address moral problems. The study uses a descriptive exploratory qualitative approach. Research was conducted in a university hospital that has an outpatient unit for assisted reproduction and plays a significant role in medical training. Data collection was based on literature review as well as on semi-structured interviews with 16 residents of the institution who had already worked in this outpatient unit. The results highlight the difficulty residents have in identifying moral conflicts related to the technologies available in the unit. Situations described as ethically conflictive were related to high complexity procedures, with residents views informed by, inter alia, religious belief, personal experience, concern about the risk of eugenics, personal position regarding gender issues, and related to the field of learning. The research revealed poor knowledge of accepted rules in the area of assisted reproduction, and lack of space for reflection on the questions raised. The study concludes by highlighting the fundamental transdisciplinary role bioethics needs to play in medical education as a tool for future physicians to develop moral competence. Bioethics can achieve this by using pedagogical methods that underpin the development of critical thinking and help future physicians identify moral conflicts and act with autonomy when they encounter this kind of situation.
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