Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25234
Tipo de documento
DissertaçãoDireito Autoral
Acesso aberto
Coleções
Metadata
Mostrar registro completo
A VOCALIZAÇÃO DOS DIREITOS DAS MULHERES E O MODELO DE ATENÇÃO AO PARTO E NASCIMENTO: NARRATIVAS DE MULHERES SOBRE O FÓRUM PERINATAL
Silva, Luiza Beatriz Ribeiro Acioli de Araújo | Data do documento:
2017
Orientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
O objeto da pesquisa tratou do processo de vocalização dos direitos das mulheres tendo como base as narrativas das informantes-chaves com a experiência do Fórum Perinatal. Tal objeto se coloca em virtude da necessidade de analisar a atuação dos Fóruns Perinatais como um possível diferencial na qualificação da atenção às mulheres, uma vez que os mesmos, por pressuposto, se caracterizam como um \201Cespaço coletivo, plural, gestor interinstitucional onde se firmam acordos éticos do estado com instituições, conselhos e sociedade civil para promoção da saúde e qualidade de vida da mulher e criança\201D. Como objetivo geral buscamos analisar os planos simbólicos e ideológicos presentes nas narrativas das informantes-chaves e nas memórias escritas do Fórum Perinatal relacionados ao tema da vocalização de direitos das mulheres. Metodologia: A interpretação dos dados foi baseada na perspectiva compreensivista do interacionismo simbólico, ao valorizar as marcas sociais construídas nas e pelas interações, e articulada à hermenêutica profundidade de Thompson para organização dos personagens, cenários e ações. Resultados e discussão: A análise das entrevistas dialogou com dois grandes eixos: (i) construção do processo socio-histórico do Fórum Perinatal e (ii) análise dos valores, ideologias e crenças a respeito da vocalização dos direitos das mulheres no espaço do Fórum Perinatal. No que diz respeito à construção do processo socio-histórico do Fórum Perinatal, a mesma se desdobra em dois conjuntos de questões: (a) crítica interna ao dispositivo em relação a quem representa, como representa e como encaminha as discussões; e (b) o que se discute nesses espaços e suas dinâmicas. As narrativas destacaram aquilo que qualifica as principais pautas de discussão: a dificuldade da garantia de leitos devido a superlotação das maternidades, a concentração do atendimento na rede municipal e a dificuldade da gestão em criar condições institucionais para o acesso e atendimento de qualidade e a eliminação da peregrinação das mulheres na hora do parto. Além disso, a possibilidade de funcionamento do Fórum Perinatal parece despontar para a necessidade de qualificar as articulações e aproximações entre os movimentos sociais e sua participação no processo de implementação da gestão e atenção ao parto e nascimento.
Compartilhar