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SOBRE JORNALISTAS E MÉDICOS: RELAÇÕES, CONTEXTOS E MEDIAÇÕES
Leite, Tatiana Clébicar | Fecha del documento:
2016
Autor
Director
Miembros de la junta
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumen en portugues
A compreensão da emergência da saúde como um valor nas sociedades ocidentais contemporâneas, capaz de ditar normas sociais e comportamentos individuais e coletivos, pode ser aprofundada se levarmos em conta o valor que esse tema vem angariando na cobertura jornalística dessas sociedades. Um dos aspectos que acreditamos ser fundamentais para o entendimento desse processo são as relações travadas entre os agentes dos dois campos envolvidos na construção de um discurso jornalístico a partir do discurso médico, tema dessa dissertação que se ancora na teoria dos campos sociais de Pierre Bourdieu e nos trabalhos sobre gêneros discursivos de Mikhail Bakhtin. O objetivo é entender os contextos e as mediações que marcam as relações entre jornalistas e médicos na produção noticiosa sobre saúde. Para isso, foi necessário investigar práticas e lógicas que regem a produção jornalística sobre saúde e práticas e lógicas médicas, especialmente na relação com a imprensa; compreender relações estabelecidas entre entrevistadores e fontes, e como elas se manifestam na produção jornalística sobre saúde; e analisar as características que marcam a relação entre estes dois tipos de práticas discursivas, levando-se em conta suas especificidades e propósitos. Refletir como vêm sendo construídos, no cotidiano, esses sentidos da saúde na mídia parece ser relevante para a compreensão das lógicas de comunicação menos evidentes e das articulações que permeiam esses processos A pesquisa foi realizada em duas etapas. A primeira consistiu num levantamento documental para identificar esses agentes envolvidos na produção jornalística sobre saúde em três jornais do Rio de Janeiro: Extra, O Dia e O Globo. Acompanhamos as editorias de saúde por seis meses alternados, contemplando o período de um ano (2014), coletando dos textos a identidade dos jornalistas e as fontes médicas, entre outras informações. Após o tratamento dos dados, foi possível apontar os agentes mais frequentemente envolvidos na cobertura e iniciar a segunda etapa: entrevistas semiestruturadas com jornalistas de redação, médicos e assessores de imprensa. No total, foram entrevistados 13 informantes que relataram suas práticas cotidianas
Resumen en ingles
The emergence of health as a value in contemporary Western societies, able to dictate social norms and individual and collective behavior, is better understood if we take into account the value that this issue has reached in media coverage. We believe that relations established between the agents of the two camps involved in the construction of a journalistic discourse from medical discourse are fundamental to understanding this process. This is the theme of this master´s thesis, anchored in the Bourdieu\201Fs theory of social field and Bakhtin\201Fs reflexions on discursive genres. The aim is to understand the contexts and mediations that impact relationships between journalists and physicians in health news coverage. For this purpose, it was necessary to investigate journalistic practices and logics as well as medical practices and logics; to understand relationships between interviewers and medical sources and how they manifest themselves in the journalistic production; and analyze the characteristics that impact the relationship between these two types of discursive practices. Thinking about how these meanings are being built in the media, in everyday life, seems to be relevant for understanding the less obvious logical communication and interactions in this process The research was conducted in two phases. The first is a desk research to identify those agents involved in journalistic production on health in three newspapers of Rio de Janeiro: Extra, O Dia and O Globo. Health editorials were followed by six alternate months (2014) in order to catch the texts, the identity of journalists and medical sources and other information. After processing the data, it was possible to identify the agents most frequently involved in the coverage and start the second stage: semi-structured interviews with journalists, doctors and press officers. A total of 13 agents were interviewed about their daily practices
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