Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/29808
O APOIO INSTITUCIONAL E A DEMOCRATIZAÇÃO EM SAÚDE: ANÁLISE DOCUMENTAL
Santos, Raquel Damasceno dos | Date Issued:
2018
Author
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Abstract in Portuguese
O estudo buscou analisar a percepção dos apoiadores, sobre seu trabalho, enquanto aposta estratégica de gestão que visa acionar novos arranjos institucionais em interface com os processos de democratização em seis territórios distintos. Realizamos a análise documental da II Oficina Metodológica elaborada e executada pelo Laboratório de Pesquisas de Práticas de Integralidade em Saúde (LAPPIS), em parceria técnico-científica com o Ministério da Saúde (MS), no ano de 2012. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com abordagem crítico-dialética, que aponta e discute os desafios e potencialidades inerentes ao processo de democratização em saúde. Identificamos que o apoio institucional tem como diretriz central a democracia institucional e a autonomia dos sujeitos, considerados seus papéis de interlocução e mediação entre os serviços, gestores de diferentes instâncias, usuários, e movimentos sociais. A seleção de fontes documentais e o levantamento da literatura revelam a pertinência do ideário da Reforma Sanitária (RSB), a democratização em saúde, compatível à função apoio. Contudo, são notórias as contradições inerentes ao sistema capitalista que rebatem sobre a plena realização de princípios e diretrizes das políticas de saúde, de modo a impedir uma gestão democrática que assegure a participação dos diferentes atores sociais, e o controle social da saúde como práticas sanitárias de todos os cidadãos. Concluímos que a realização da função apoio, enquanto estratégia de gestão, mostrou-se capaz de redirecionar a lógica gerencial hegemônica expressa pelo neotaylorismo, e alterar suas formas instituídas, como forma de radicalizar a democratização no âmbito da gestão, e formulação das políticas de saúde.
Abstract
The study sought to analyze the perception of the supporters, about their work, as strategic bet of management that aims to trigger new institutional arrangements in interface with the processes of democratization in six different territories. We performed the documentary analysis of II Oficina Metodológica elaborated and executed by the Laboratório de Pesquisas de Práticas de Integralidade em Saúde (LAPPIS), in a technical-scientific partnership with the Ministério da Saúde (MS), in the year of 2012. It is a research qualitative, with a critical-dialectic approach, that points out and discusses the challenges and potentialities inherent in the process of democratization in health. We identified institutional support as central to institutional democracy and the autonomy of the individuals, considering their roles of interlocution and mediation between services, managers of different instances, users, and social movements. The selection of documentary sources and the literature review reveal the pertinence of the Brazilian Sanitary Reform (RSB) ideology, the democratization in health, compatible with the support function. However, the inherent contradictions of the capitalist system are evident in the full realization of principles and directives of health policies, in order to prevent a democratic management that assures the participation of the different social actors, and the social control of health as sanitary practices of all citizens. We conclude that the realization of the support function, as a management strategy, was able to redirect the hegemonic managerial logic expressed by neotaylorism, and to change its established forms, as a way of radicalizing democratization within the scope of management, and formulation of health policies.
Share