Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3388
Type
ThesisCopyright
Restricted access
Collections
- IFF - Teses de Doutorado [172]
Metadata
Show full item record
SOBRE O TEMPO NO CORPO E NA ALMA: UM ESTUDO SOBRE O ENVELHECIMENTO FEMININO NA CONTEMPORANEIDADE
Lobo, Jorgina Teixeira | Date Issued:
2007
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Abstract in Portuguese
Esta tese analisa as representações das principais mudanças e experiências vivenciadas por mulheres na fase da vida compreendida entre os 50 e 60 anos de idade, bem como as suas repercussões na subjetividade e na auto-imagem feminina. A metodologia é fundamentada na abordagem qualitativa, sendo utilizado o estudo de caso em uma perspectiva sócio-antropológica. A entrevista semi-estruturada serviu de instrumento para a realização do trabalho empírico, sendo a técnica do universo familiar utilizada para a captação dos sujeitos. A análise de conteúdo, na modalidade temática, foi utilizada como recurso instrumental para a compreensão e análise do material coletado nas entrevistas. Os resultados da pesquisa apontam que as mudanças observadas nesta fase da vida são representadas como indicativas do início do processo de envelhecimento conformadas em uma imagem ambivalente e sem contornos definidos. Esta indefinição e ambivalência revelam que tais mudanças promovem uma desorganização nas suas referências de identificação e de reconhecimento e uma conseqüente desconstrução na auto-imagem feminina.O contexto sócio-cultural contemporâneo de valorização do corpo jovem e de beleza é destacado pelas mulheres como um fator que potencializa e torna ainda mais agudas as vivências nesta período.As políticas sociais e de assistência não reservam projetos que absorvam as demandas das mulheres nesta fase da vida. Neste sentido, este estudo sugere como necessária e relevante a implementação de uma política de assistência interdisciplinar que inclua um espaço de escuta diferenciado que possa atender às particularidades que se fazem presentes nesta fase da vida da mulher, pois neste período há ainda a possibilidade de uma plasticidade psíquica tornando viável uma ressignificação simbólica capaz de redimensionar subjetivamente uma nova condição de existência em um porvir.
Share