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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37568
IMPLANTAÇÃO DO ACOLHIMENTO EM UMA USF DO MUNICÍPIO DE CAMAÇARI: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Melo, Luzimara Gomes | Data do documento:
2017
Autor(es)
Orientador
Membros da banca
Afiliação
Fundação Estatal Saúde da Família. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Moniz. Salvador, BA. Brasil.
Resumo
O acolhimento se estabeleceu como estratégia para superação de práticas baseadas num olhar fragmentado e valorizar a integralidade do cuidado. Baseado em uma escuta qualificada, objetivando o fortalecimento do vínculo e ações resolutivas desde o momento em que o usuário adentra ao serviço. Dessa forma, além de ser adotado como uma postura do profissional, o acolhimento também desponta como uma diretriz operacional que leva a uma reorganização do processo de trabalho, sendo fundamental abordar esse tema a partir de vivências práticas sobre a implantação do acolhimento em Unidades de Saúde da Família, possibilitando a divulgação de experiências que possam fomentar sua implantação e a reordenação do trabalho, tendo em vista que em muitas unidades de Atenção Primária prevalecem a lógica da fragmentação do serviço, com ações baseadas em programas e, muitas vezes, desvalorizando a demanda espontânea. Diante disso, o presente estudo tem os objetivos de relatar a experiência de uma residente de Enfermagem do Programa de Residências Integradas de Medicina de Família e Comunidade e Multiprofissional em Saúde da Família na implantação do acolhimento numa Unidade de Saúde da Família do município de Camaçari e discutir os desafios e superações na implantação do acolhimento. Caracteriza-se por ser um relato de experiência. Para reunir informações da vivência em serviço e levantar os nós críticos relacionados ao processo de implantação, foram utilizados portfólios e registros sobre o processo de discussão, além do resgate à memória da autora. Durante o processo de implantação foram realizadas diversas discussões em equipe e espaços pedagógicos para organizar a estruturação do acolhimento à demanda espontânea na unidade. Definimos uma modelagem baseada em referenciais teóricos e na experiência prévia de alguns preceptores. Nesse aspecto, foi definida uma equipe de acolhimento para cada turno, elaborado impressos, documentos e classificação de risco para o estabelecimento de uma ação/linguagem comum de todos os profissionais. Assim, a implantação do acolhimento ampliou o acesso, valorizando a demanda espontânea e o vínculo, houve a superação do medo pelo novo, desconstrução do modelo biomédico e da fragmentação da assistência e o fortalecimento do trabalho em equipe. No entanto, ainda prevalece o desafio de superar a sobrecarga fisica e emocional.
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