Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38064
Tipo
Trabajos presentados en eventosDerechos de autor
Acceso abierto
Colecciones
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítem
NA EMERGÊNCIA, O SILÊNCIO: OS SENTIDOS DA DESIGUALDADE NA COBERTURA NOTICIOSA DA CORRELAÇÃO ENTRE ZIKA E MICROCEFALIA PELO JORNAL NACIONAL
Síndrome de malformação fetal
Visibilidade na imprensa
Inequidades
Meios de comunicação
Desigualdades sociais
Saúde pública
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumen en portugues
A epidemia de Zika no Brasil em 2015 e sua correlação com a síndrome de malformação fetal receberam grande visibilidade na imprensa. Considerando inequidades e iniquidades de gênero e em saúde que atravessam a epidemia e o relevante lugar dos meios de comunicação na produção de desigualdades sociais, objetivamos investigar enunciados do Jornal Nacional na cobertura da emergência em saúde pública. Configurar a produção de sentidos em notícias do Jornal Nacional sobre a Zika e sua correlação com a microcefalia, sob o prisma da desigualdade social, identificando formas de visibilidade, invisibilidade e silenciamento. Foram selecionadas notícias veiculadas no Jornal Nacional entre 11 e 28 de novembro de 2015, período em que o Ministério da Saúde admitiu a suspeita e confirmou a correlação entre Zika e microcefalia. Com a perspectiva da Produção Social dos Sentidos (Eliseo Verón e Milton Pinto), recorremos à análise crítica de discursos, enfatizando a relação dos textos e imagens com seus contextos. Como categorias de análise, discursividades, silêncios e silenciamentos; para configurar a expressão de desigualdades e exclusões, em múltiplos aspectos - social, de gênero, em saúde e comunicação, fizemos recurso a Boaventura Santos. Em 16 edições do JN analisadas, foram veiculadas 7 notícias relativas ao Zika e à microcefalia. As vozes autorizadas foram as de autoridades e profissionais da saúde. Houve silenciamento de gestantes e mães de bebê com microcefalia, representadas por imagens genéricas de mulheres em hospitais lotados e pela ilustração gráfica do bebê. A única familiar de bebê a ter espaço de vocalização não recebeu crédito, com efeitos de sentido de baixa relevância. A desigualdade foi explicitada nas imagens de hospitais públicos e no reforço à concentração de casos no Nordeste, com apagamento do drama humano. A principal preocupação expressa nos enunciados é que o problema alcance outras regiões. Sentidos de desigualdade estão presentes no corpus, emergindo principalmente pelo silenciamento de gestantes e mães de bebês com microcefalia, frente ao predomínio de vozes e saberes oficiais. Há sentidos de apagamento da vulnerabilidade da população mais atingida, restrita a imagens de hospitais lotados. Embora confiram visibilidade à emergência, os enunciados do JN acabam por contribuir para o ciclo de desigualdades e negligenciamento em saúde.
Palabras clave en portugues
Epidemia de ZikaSíndrome de malformação fetal
Visibilidade na imprensa
Inequidades
Meios de comunicação
Desigualdades sociais
Saúde pública
Compartir