Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38342
TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL: ADESÃO E A INFLUÊNCIA DA DEPRESSÃO EM USUÁRIOS COM HIV/AIDS ATENDIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A adesão ao tratamento dos antirretrovirais se constitui hoje como um dos maiores desafios às pessoas que vivem com HIV não apenas em função do tempo de uso da medicação e dos efeitos adversos a saúde desses indivíduos, mas também porque está relacionada a outros fatores como a depressão. Ela é reconhecida como um preditor de desfechos clínicos negativos, impactando a adesão e o sucesso terapêutico. O objetivo deste estudo foi identificar se a depressão interfere na adesão ao tratamento medicamentoso em pacientes com HIV no Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria - ENSP/FIOCRUZ. Foram selecionados 34 que iniciaram o tratamento no ano de 2014 no centro de saúde, a partir dos quais se buscou em prontuário físico e no SICLON dados referentes a aspectos sociodemográficos e informações referentes à adesão. Estabeleceu-se três medidas para o monitoramento de adesão: percentual de dias sem medicamento; supressão de carga viral e autorrelato. Utilizou-se entrevista aberta e um instrumento para identificação de depressão, o Inventário de Depressão de Beck, em 18 pacientes que aceitaram a participar da pesquisa. A análise de conteúdo temática serviu de técnica para parte qualitativa desse estudo. A adesão foi verificada, pelas 3 medidas estabelecidas, em 38,8%, e a prevalência de depressão foi 22,24%. A relação entre não-adesão e depressão foi encontrada em apenas 5,55% dos sujeitos entrevistados. A forma de contágio foi prioritariamente por via sexual. Admitiu-se medo do estigma, ocasionando certo isolamento social. A dificuldade em seguir o tratamento antirretroviral relacionou-se, no início do seguimento, aos efeitos adversos do medicamento. A pesquisa detectou a importância da rede social de proteção com destaque para a família pelo apoio material e afetivo e a fé como importante modo de alívio das angústias. A conjugação das três medidas de adesão, não permite concluir objetivamente se há ou não adesão. A incorporação de instrumento de rastreio para depressão na rotina dos serviços de saúde para ser importante para o enfrentamento HIV. Evidenciou-se a necessidade da construção efetiva de uma rede de cuidados que envolva os serviços, comunidade e família, bem como capacitação de profissionais.
Share