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Sustainable Development Goals
04 Educação de qualidadeCollections
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ANALISANDO A DINÂMICA DA RELAÇÃO MUSEU: EDUCAÇÃO FORMAL
Köptcke, Luciana Sepúlveda | Date Issued:
2001
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Museu da Vida. Rio de Janeiro, RJ. Brasil.
Abstract in Portuguese
Pode parecer evidente que grupos escolares visitem museus e que estas instituições sejam naturalmente fadadas ao trabalho em parceria. Na verdade, embora a relação entre instituições de ensino formal e instituições museais seja bastante antiga, esta envolve atores provenientes de campos específicos (cultura, educação), que proclamam diferentes objetivos, com interesses particulares, segundo determinado contexto social, político, cultural, econômico, científico e educativo. Neste sentido, a relação museu-educação formal é complexa e a parceria está longe de constituir uma decorrência natural desta relação. Pode-se sugerir que o museu, em sua origem, apareça como subcampo dos campos científico e artístico, apresentando especificidade, precisamente, em relação a uma lógica do meio escolar. Introduzindo uma edição temática da revista Public et musées sobre o museu e a educação, Jacobi e Copey (Jacobi, Copey, 1995) apontam que museu e educação formal entretiveram e entretêm relações de natureza diversa, podendo ser estas de colaboração, de coabitação, de complementaridade ou ainda de contradição. Tal classificação pode estar relacionada ao fato de ambas instituições visarem, entre outras coisas, promover situação de construção do conhecimento, num espaço/tempo definido, segundo regras e valores implícitos nem sempre idênticos ou mesmo harmoniosos, como exemplificado nos parágrafos subsequentes. Esta relação variou, ainda, segundo o nível do ensino. Estima-se que o ensino universitário tenha beneficiado bem cedo de relações com os museus enquanto outros níveis foram sendo integrados aos poucos, paralelamente à propagação de ideais de democratização da educação e da cultura. Observa-se que a relação entre museu e educação formal vem desenvolvendo-se, freqüentemente, segundo uma lógica de oferta nem sempre permeável ao diálogo: ao museu cabe oferecer “produtos” às instituições da educação, e isto, mesmo quando a natureza manifesta da relação estabelecida é a de colaboração. Este texto discute as relações entre educação não-formal e museus. Cabe, introduzindo esta análise, ressaltar o caráter dinâmico desta relação. Assinalamos que a França constituiu paradigma importante na implantação de instituições museais no Brasil, como, por exemplo, o Museu nacional de história natural, criado em 1815, e o Museu nacional de belas artes, em 1937. Eventualmente, serão relacionados aqui alguns exemplos oriundos de outros países (Inglaterra e USA principalmente) que participaram da constituição do campo museal tal qual hoje nos é familiar e sua relação com a educação formal.
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