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03 Saúde e Bem-EstarColecciones
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INIQUIDADES ÉTNICO-RACIAIS NAS HOSPITALIZAÇÕES POR CAUSAS EVITÁVEIS EM MENORES DE CINCO ANOS NO BRASIL, 2009-2014
Inequidades étnico-raciales en las hospitalizaciones por causas evitables en menores de cinco años en Brasil, 2009-2014
Saúde Infantil
Situação de Saúde dos Grupos Étnicos
Iniquidade em Saúde
Índios Sul-Americanos
Titulo alternativo
Ethnic and racial inequalities in hospital admissions due to avoidable causes in under-five Brazilian children, 2009-2014Inequidades étnico-raciales en las hospitalizaciones por causas evitables en menores de cinco años en Brasil, 2009-2014
Autor
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumen en portugues
Internacionalmente, observa-se um incremento no uso das internações por
condições sensíveis à atenção primária (ICSAP) como indicador de efetividade
da atenção primária à saúde. Este artigo analisa as iniquidades étnico-raciais
nas internações por causas em menores de cinco anos no Brasil e regiões, com
ênfase nas ICSAP e nas infecções respiratórias agudas (IRA). Com dados do
Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS),
2009-2014, calcularam-se proporções por causas, taxas e razões de taxas de
ICSAP ajustadas por sexo e idade após a imputação múltipla de dados faltantes de cor/raça. As principais causas de internação foram doenças do aparelho
respiratório (37,4%) e infecciosas e parasitárias (19,3%), sendo as crianças indígenas as mais acometidas. As taxas brutas de ICSAP (por 1.000) foram mais
elevadas em indígenas (97,3; IC95%: 95,3-99,2), seguidas das pardas (40,0;
IC95%: 39,8-40,1), e as menores foram nas amarelas (14,8; IC95%: 14,1-
15,5). As maiores razões de taxas ajustadas de ICSAP foram registradas entre
crianças de cor/raça indígena e branca – 5,7 (IC95%: 3,9-8,4) no país, atingindo 5,9 (IC95%: 5,0-7,1) e 18,5 (IC95%: 16,5-20,7) no Norte e Centro-oeste,
respectivamente. As IRA permanecem como importantes causas de hospitalização em crianças no Brasil. Foram observadas alarmantes iniquidades étnico-raciais nas taxas de ICSAP, com situação de desvantagem para indígenas.
São necessárias melhorias nas condições de vida, saneamento e subsistência,
bem como garantia de acesso oportuno e qualificado à atenção primária à
saúde das populações mais vulneráveis, com destaque para os indígenas no
Norte e no Centro-oeste, a fim de minimizar iniquidades em saúde e fazer
cumprir as diretrizes do SUS e da Constituição do Brasil.
Resumen en ingles
There has been a global increase in hospital admissions for primary care-sensitive conditions (PCSCs) as an indicator of effectiveness in primary health care. This article analyzes ethnic and racial inequalities in cause-related hospitalizations in under-five children in Brazil as a whole and the country's five major geographic regions, with an emphasis on PCSCs and acute respiratory infections (ARIs). Using data from the Hospital Information Systems of the Brazilian Unified National Health System (SIH/SUS), 2009-2014, the authors calculated proportions, rates, and rate ratios for PCSCs, adjusted by sex and age after multiple imputation of missing data on color/race. The principal causes of hospitalization were respiratory tract infections (37.4%) and infectious and parasitic diseases (19.3%), and indigenous children were proportionally the most affected. Crude PCSC rates (per 1,000) were highest in indigenous children (97.3; 95%CI: 95.3-99.2), followed by brown or mixed-raced children (40.0; 95%CI: 39.8-40.1), while the lowest rates were in Asiandescendant children (14.8; 95%CI: 14.1-15.5). The highest adjusted rate ratios for PCSCs were seen among indigenous children compared to white children - 5.7 (95%CI: 3.9-8.4) for Brazil as a whole, reaching 5.9 (95%CI: 5.0-7.1) and 18.5 (95%CI: 16.5-20.7) in the North and Central, respectively, compared to white children. ARIs remained as important causes of pediatric hospitalizations in Brazil. Alarming ethnic and racial inequalities were observed in PCSCs, with indigenous children at a disadvantage. Improvements are needed in living conditions, sanitation, and subsistence, as well as guaranteed timely access to high-quality primary health care in the more vulnerable population groups, especially the indigenous peoples of the North and Central, in order to mitigate the health inequalities and meet the guidelines of the SUS and the Brazilian Constitution.
Palabras clave en portugues
HospitalizaçãoSaúde Infantil
Situação de Saúde dos Grupos Étnicos
Iniquidade em Saúde
Índios Sul-Americanos
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