Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4903
EFEITO DE PRODUTOS QUÍMICOS E RUÍDO NA GÊNESE DA PERDA AUDITIVA OCUPACIONAL
Noise, Occupational
Chemical Hazard Release
Legislation as Topic
Ruído Ocupacional
Vazamento de Resíduos Químicos
Legislação como Assunto
Azevedo, Andréa Pires de Mello de | Date Issued:
2004
Alternative title
Effect of chemical products and noise in the genesis of the occupational auditory lossAdvisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Trata-se de revisão da literatura sobre os efeitos auditivos ocupacionais de
substâncias químicas e do ruído, incluindo seus mecanismos fisiopatológicos, métodos de
avaliação e legislação trabalhista pertinente.
Verificou-se que ao ruído tem sido atribuído, quase com absoluta exclusividade,
enfoque nas abordagens relacionadas á saúde auditiva de trabalhadores. Entretanto, ao se
considerar perdas auditivas ocupacionais, é importante que se reconheça a potencialidade
de outros agentes e sua possível interação com o ruído sobre a saúde auditiva dos
trabalhadores, como a que pode ocorrer entre o ruído e produtos químicos.
Existem evidências de que os produtos químicos podem levar a perda auditiva
independentemente da presença do ruído. E ainda de que esta interação ruído/ produtos
químicos poderia levar a uma perda auditiva muito maior do que a perda auditiva resultante
da exposição isolada ao ruído ou ao produto químico. Ou seja, haveria um sinergismo entre
estes dois agentes.
Dentre os principais agentes químicos que podem levar à perda auditiva incluem-se
os solventes, metais, asfixiantes e agrotóxicos organofosforados. Os principais solventes
citados seriam o tolueno, tricloroetileno, dissulfeto de carbono, estireno, xileno e n-hexano.
Entre os metais, pode-se citar o chumbo e o mercúrio. Os principais asfixiantes seriam o
monóxido de carbono e o cianeto de hidrogênio.
A legislação Brasileira, bem como a internacional, não exige monitoramento da
audição dos trabalhadores expostos a certos produtos químicos, exceto estejam expostos a níveis de ruído acima dos limites de exposição permitidos. Porém, instituições de pesquisa
como o NIOSH e a ACGIH recomendam esta monitorização da audição desde 1998.
Mais recentemente a União Européia, em sua nova diretiva relacionada ao controle
da exposição ao ruído, recomenda que os programas de conservação auditiva devam
atender as necessidades dos trabalhadores expostos a riscos químicos.
Aborda-se a necessidade de introdução de métodos na avaliação da exposição
ocupacional a ruído e químicos, para além do que dita a norma, visto que a simples aferição
dos limiares tonais através da audiometria tonal representa um método limitado e
inadequado para avaliar as conseqüências deste tipo de perda auditiva.
Verifica-se com isto, que um grande número de trabalhadores encontra-se
desprotegido, tornando os programas de prevenção de perdas auditivas ineficazes.
Acredita-se que esta seja uma das razões para que a Perda Auditiva Induzida pelo
Ruído permaneça como um importante problema em todo o mundo, apesar de todos os
esforços.
Abstract
The study carried out consists of a review of the literature dealing with the
occupational auditory effects of both chemical substances and noise, including their
physiopathological mechanisms, evaluation methods and the relevant labour legislation.
It has been found out that the approaches relating to the auditory health of workers have
laid emphasis on noise almost exclusively. However, when considering occupational
auditory losses, it is important to recognize the fact that other agents, such as chemical
products, may interact with noise, thus affecting the auditory health of workers.
There is evidence not only that chemical products may lead to hearing loss, regardless of
the presence of noise, but also that the interaction between noise and chemical products
might lead to much greater hearing loss than that which results from the exposure to either
noise or the chemical product. In other words, there would be a synergism between these
two agents.
Among the chief chemical agents that may lead to hearing loss are solvents, metals,
asphyxiants and organophosphorated agrochemicals. The main solvents would be
toluene,trichloroethylene, carbon disulfide, styrene, xylene and n-hexane. Among metals,
lead and mercury are included. The main asphyxiants would be carbon monoxide and
hydrogen cyanide.
The Brazilian legislation as well as the international legislation do not require
monitoring of the hearing ability of workers exposed to certain chemical products, unless they are exposed to levels of noise above the limits allowed. Nevertheless, research
institutions, such as NIOSH and ACGIH, have recommended the above-mentioned
monitoring since 1998.
More recently, the European Union, according to its new policy regarding the
control of exposure to noise, recommends that programmes aimed at auditory preservation
should fulfill the needs of workers exposed to chemical risks.
The study discusses the need for the introduction of such methods for the evaluation
of occupational exposure to noise and chemicals as those which do not just conform to the
requirements of the law, since the mere measurement of tonal thresholds by means of tonal
audiometry represents a limited and inadequate method for the evaluation of the
consequences of such a type of hearing loss.
It has been pointed out that a great number of workers is thus unprotected from
harmful occupational auditory effects, which causes programmes for the prevention of
hearing loss to be ineffective.
It is believed that this is one of the reasons why Noise-Induced Hearing Loss
continues to be a serious problem all over the world, in spite of all that has been done to
minimize it.
Keywords
Hearing Loss, Noise-InducedNoise, Occupational
Chemical Hazard Release
Legislation as Topic
DeCS
Perda Auditiva Provocada por RuídoRuído Ocupacional
Vazamento de Resíduos Químicos
Legislação como Assunto
Share