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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52441
MONITORAMENTO DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE B (HBV) EM DUAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS
Author
Affilliation
Ministério da Saúde. Comitê Técnico Assessor para o Controle das Hepatites Virais. Brasília, DF, Brasil.
Hospital Universitário de Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Ministério da Saúde. Departamento de Doenças Crônicas. Brasília, DF, Brasil.
Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu. Nova Iguaçu, RJ Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Virologia Molecular, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Hospital Universitário de Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Ministério da Saúde. Departamento de Doenças Crônicas. Brasília, DF, Brasil.
Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu. Nova Iguaçu, RJ Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Virologia Molecular, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: A população africana foi introduzida no Brasil através do tráfico comercial de escravos. Os indivíduos que escapavam desse tipo de exploração humana formavam pequenas comunidades de resistência, conhecidos como "Quilombolas". Os quilombos se localizavam em áreas distantes dos centros urbanos e de difícil acesso. Atualmente no Brasil, existe 2359 comunidades quilombolas que mantém a história e tradição dos remanescentes dos quilombos. Apesar da existência de tratamento farmacológico e de uma vacina segura e eficaz para prevenção da hepatite B, trezentos milhões de portadores crônicos de infecção vivem espalhados em todo o mundo. Esta infecção pode levar a Cirrose e ao Carcinoma hepatocelular causando um grande impacto na saúde pública em muitos Países. Em 2013, o Brasil estendeu a faixa etária de acesso gratuito e universal à vacinação até os 49 anos de idade. No ano de 2016, a Organização Mundial de Saúde estabeleceu metas para eliminação das hepatites virais até 2030, fornecendo uma estratégia global para eliminação e controle das hepatites virais que foram adotadas e endossadas por 194 Países, incluindo o Brasil. Objetivo: o objetivo desse estudo foi monitorar a circulação e os casos de pessoas portadoras do vírus da hepatite B (HBV) através de campanhas de testagem rápida e encaminhamento médico dos pacientes com resultados positivos em uma comunidade quilombola. Material e Métodos: 307 pacientes da Comunidade Quilombola da Rasa e Comunidade de Baía Formosa localizadas no Município de Armação de Búzios no estado do Rio de Janeiro/BR participaram da campanha de prevenção e de testagem rápida para detecção do HBsAg (Biomerieux) do HBV. Entre eles, 165 indivíduos do sexo feminino e, 142 do sexo masculino com idade compreendida entre 2 a 110 anos de idade. Os indivíduos com resultados positivos foram encaminhados para atendimento médico oferecido pela Secretaria de Saúde do Município de Armação de Búzios. Devido à pandemia, eles foram testados também para o Sars-Cov19 (Abbott). Resultados: HbsAg reagente foi detectado em 27 indivíduos (8.79 %); Covid19IgG em 12 indivíduos (3.9%) e, um indivíduo com resultado Covid19IgM positivo. Conclusões: a partir de 2005 a utilização de testes rápidos se tornou uma importante ferramenta epidemiológica de triagem para doenças infecciosas. No presente estudo, observamos uma alta frequência do marcador sorológico de infecção ativa do HBV, HbsAg. A circulação do Sars-Covid19 se tornou evidente. Os resultados preliminares obtidos reforçam a importância da vigilância ativa e das medidas de prevenção no controle e eliminação da Hepatite B em nosso País.
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