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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53677
AMÉRICA LATINA NA VIRADA DO SÉCULO XX: NOTAS SOBRE A CONSTRUÇÃO DA IDEIA DE UM CONTINENTE ENFERMO
Gouveia, Regiane Cristina | Date Issued:
2013
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Fazer uma análise entre as proposições do venezuelano César Zumeta (1863-1955), do brasileiro Manoel Bomfim (1868-1932), do boliviano Alcides Arguedas (1879-1946) e do peruano Francisco García Calderón (1883- 1953) a partir de algumas concepções presentes em determinadas obras. Estes autores influenciaram o pensamento político latino-americano no início do século XX, participaram ativamente da vida política de seus países e empregaram a retórica do diagnóstico para analisar a realidade latino-americana. Ao adotarem o paradigma científico das ciências naturais (a concepção racista-científica), fortaleceram a ideia de que a América Latina era um “continente enfermo”. Busca compreender como as teorias racistas aliadas à filosofia positivista, influenciaram a produção intelectual latino-americana e estimularam estudos que na sua maioria atribuíram ao continente uma condição patológica. Assim, é interessante investigar, a partir de Zumeta, Bomfim, Arguedas e García Calderón, como tais ideias contribuíram para o surgimento de obras que procuravam compreender a realidade latinoamericana, numa perspectiva sócio-biológica.
Abstract
To analyze the propositions of the Venezuelan César Zumeta (1863-1955), the Brazilian Manoel Bomfim (1868-1932), the Bolivian Alcides Arguedas (1879-1946) and the Peruvian Francisco García Calderón (1883-1953) based on some concepts present in certain works. These authors influenced Latin American political thought at the beginning of the 20th century, actively participated in the political life of their countries and used diagnostic rhetoric to analyze the Latin American reality. By adopting the scientific paradigm of the natural sciences (the racist-scientific conception), they strengthened the idea that Latin America was a “sick continent”. It seeks to understand how racist theories allied to positivist philosophy influenced Latin American intellectual production and stimulated studies that mostly attributed a pathological condition to the continent. Thus, it is interesting to investigate, from Zumeta, Bomfim, Arguedas and García Calderón, how such ideas contributed to the emergence of works that sought to understand the Latin American reality, in a socio-biological perspective.
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