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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60487
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DE NANOPARTÍCULAS DE PRATA ATRAVÉS DO TESTE DE TOXICIDADE AGUDA EM EMBRIÕES DE ZEBRAFISH (DANIO RERIO)
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Nos últimos anos, as nanopartículas de prata (AgNP) vêm sendo altamente utilizadas devido às suas ações desinfetantes e antissépticas. Possuem dimensões extremamente pequenas, da ordem de 1 a 100 nanômetros, contendo cerca de 15 a 20 mil átomos de prata. Elas chamaram atenção de maneira especial durante a pandemia de COVID-19, pois várias empresas desenvolveram máscaras de proteção com AgNP inseridas no tecido, alegando total defesa contra o vírus. Foram feitos, no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), experimentos de avaliação da concentração de AgNP nesses produtos. Concomitantemente, iniciou-se o projeto de avaliação de toxicidade delas, utilizando o teste de Toxicidade Aguda de Embrião de Peixe (FET, do inglês Fish Embryo Acute Toxicity). Objetivo: Averiguar a ocorrência de malformações, alterações morfológicas e de cardiotoxicidade em embriões de zebrafish (Danio rerio) expostos à AgNP comerciais (padrão) e amostras de AgNP sintetizadas no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Metodologia: O trabalho foi realizado seguindo as diretrizes do guia 236 da OECD. Resumidamente, os embriões expostos às AgNP foram avaliados durante 96 horas, a cada 24 horas, juntamente de um grupo controle negativo. No término das 96h, foram realizadas imagens para avaliação morfológica e vídeos de 10 segundos, utilizados para contagem dos batimentos cardíacos de cada peixe, com auxílio de um contador. Utilizando as imagens, foram medidos o comprimento, da cabeça até a cauda, de cada animal, e o diâmetro dos olhos. Resultados: Não foram observadas alterações morfológicas significativas quando comparados os grupos expostos e controle. Os batimentos por minuto apresentados nas amostras foram considerados similares em comparação ao grupo não exposto às nanopartículas. Não foram observadas diferenças entre o tamanho corporal das larvas de 96 h frente ao controle. As medidas de diâmetro dos olhos também não apresentaram diferenças. Conclusão: Baseando-se apenas neste resultado, as AgNP testadas demonstraram baixa toxicidade, nas concentrações testadas. Entretanto, mais testes de toxicidade destas nanopartículas serão realizados, como testes comportamentais para investigação de possível toxicidade no sistema nervoso.
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