Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/64913
Type
ThesisCopyright
Restricted access
Embargo date
2050-12-31
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
Metadata
Show full item record
SEGURANÇA, EFICÁCIA, ASPECTOS VIROLÓGICOS E IMUNOLÓGICOS DA PRIMOVACINAÇÃO ANTIAMARÍLICA 17DD EM PACIENTES COM DOENÇAS REUMÁTICAS INFLAMATÓRIAS IMUNOMEDIADAS
Vacinação
Doenças autoimunes
Resposta imune
Anticorpos neutralizantes
Perfil de citocinas
vaccination
autoimmune diseases
immune response
neutralizing antibodies
cytokines profile
Costa-Rocha, Ismael Artur da | Date Issued:
2024
Author
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brazil.
Abstract in Portuguese
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda febril causada por arbovírus de RNA (Flaviviridae), sendo endêmica de regiões da América do Sul e África. Sem tratamento específico, a vacinação antiamarílica é a única medida eficaz para o controle da doença. Embora seja uma das vacinas mais seguras que se tem conhecimento, a ocorrência de eventos adversos pós-vacinação pode ser observada em populações específicas, destacando-se pacientes com doenças reumáticas inflamatórias imunomediadas (DRIM). Aliado à preocupação sobre a ocorrência de eventos adversos, é essencial levar em consideração a eficácia vacinal, uma vez que estudos que avaliam a eficácia e a duração da imunidade vacinal antiamarílica na população DRIM ainda são muito escassos. Nesse sentido, o presente trabalho visa avaliar a segurança, imunogenicidade, aspectos virológicos e perfil de mediadores imunológicos séricos na primovacinação antiamarílica planejada 17DD em pacientes com DRIM. Para isso, indivíduos diagnosticados com artrite reumatoide (AR), esclerose sistêmica (ES), espondiloartrite (EpA), lúpus eritematoso sistêmico (LES) e síndrome de Sjögren primária (SSp), assim como um grupo de indivíduos saudáveis controles, foram recrutados. A frequência de eventos adversos, análise dos títulos de anticorpo neutralizantes e soropositividade (PRNT), a viremia vacinal (qRT-PCR) e biomarcadores séricos (Luminex) foram avaliados em momentos distintos (D0, D3-4, D5-6, D7, D14-28) após a primovacinação, juntamente com caracterização do perfil de reconhecimento de imunoglobulinas a peptídeos do vírus vacinal. Os resultados revelaram que apenas eventos adversos leves foram identificados, independente da doença de base, demonstrando que a vacinação antiamarílica 17DD foi segura nos pacientes com DRIM. Títulos de anticorpos neutralizantes e taxas de soropositividade foram relativamente menores nos pacientes DRIM, em especial em EpA e LES, quando comparados com o grupo controle. O uso de imunobiológicos e de hidroxicloroquina (HCQ) desempenharam um impacto negativo na resposta de anticorpos em pacientes EpA e SSp, respectivamente. Não foram observadas diferenças significativas nos níveis de viremia entre os grupos. Pacientes DRIM com resultado negativo no PRNT estiveram associados com aumento nos níveis de biomarcadores séricos no baseline do estudo (D0) e demonstram um padrão de aumento constante na cinética vacinal. Notavelmente, o eixo IFN-/IL-10 desempenhou impacto significativo ao ser avaliado no dia do pico da viremia. Pacientes DRIM/PRNT(-), assim como pacientes EpA em uso de imunobiológicos e pacientes SSp em uso de HCQ, apresentaram perturbações na produção dessas citocinas. Perfis diferenciais de reconhecimento de imunoglobulinas aos peptídeos do vírus vacinal foram observados em relação com o desfecho sorológico. Pacientes com DRIM/PRNT(-) exibiram um perfil com predominância de perdas nos valores de intensidade de fluorescência em diversos peptídeos. Pacientes DRIM/PRNT(+) e indivíduos controle demonstram um perfil misto de aumentos e quedas com a presença de peptídeos reativos com importante relevância no contexto vacinal. Por fim, foi possível confirmar que a vacinação antiamarílica 17DD foi segura nos pacientes DRIM, no entanto alguns fatores exibiram impactos negativos no desfecho sorológico, como terapia biológica prévia, uso de HCQ, estado inflamatório prévio à vacinação, comprometimento do eixo IFN-/IL-10 no dia do pico da viremia. Adicionalmente, os resultados obtidos permitiram realizar uma extensa caracterização do compartimento imune humoral de pacientes DRIM, bem como de indivíduos saudáveis.
Abstract
Yellow fever is an acute febrile infectious disease caused by RNA arboviruses (Flaviviridae) and is endemic to regions of South America and Africa. Without specific treatment, yellow fever vaccination is the only effective measure for disease control. Although it is one of the safest vaccines known, the occurrence of post-vaccination adverse events can be observed in specific populations, particularly patients with autoimmune diseases (AID). Alongside concerns about occurrence of adverse events, it is essential to consider vaccine efficacy, since studies that evaluate the efficacy and duration of yellow fever vaccination-induced immunity in the AID population are still scarce. In this sense, the present study aims to assess the safety, immunogenicity, virological aspects, and serum immunological mediator profile in the planned 17DD-YF primovaccination in AID patients. Patients diagnosed with rheumatoid arthritis (RA), sclerosis systemic (SSc), spondyloarthritis (SpA), systemic lupus erythematosus (SLE) and primary Sjögren's syndrome (pSS), as well as a group of healthy control individuals, were recruited. The frequency of adverse events, analysis of neutralizing antibody titers and seropositivity (PRNT), vaccine viremia (qRT-PCR) and serum biomarkers (Luminex) were evaluated at different times (D0,D3-4,D5-6,D7, D14-28) after primary vaccination together with characterization of the immunoglobulin recognition profile of vaccine virus peptides. The results revealed that only mild adverse events were identified, regardless of AID subgroup, demonstrating that the 17DD-YF vaccination was safe in AID patients. Neutralizing antibody titers and seropositivity rates were relatively lower in AID patients, especially in SpA and SLE, when compared to the control group. The use of immunobiologicals and hydroxychloroquine (HCQ) had a negative impact on the antibody response in SpA and pSS patients, respectively. No significant differences in viremia levels were observed between groups. AID patients with a negative PRNT result were associated with an increase in serum biomarker levels at baseline (D0) and demonstrate a pattern of constant increase in the timeline kinetics. Notably, the IFN-/IL-10 axis displayed a significant impact when evaluated on the day of viremia peak. AID/PRNT(-) patients, as well as SpA patients using immunobiologicals and pSS patients using HCQ, showed disturbances in the production of these cytokines. Differential profiles of immunoglobulin recognition of vaccine virus peptides were observed in relation to serological outcome. Patients with AID/PRNT(-) exhibited a profile with predominance of decreases in fluorescence intensity values in several peptides. AID/PRNT(+) patients and control individuals demonstrate a mixed profile of increases and decreases with the presence of reactive peptides with important relevance in the vaccination context. Finally, it was possible to confirm that the 17DD-YF primovaccination was safe in AID patients, however, some factors had negative impacts on the serological outcome, such as previous biological therapy, use of HCQ, inflammatory state prior to vaccination, impairment of the IFN-/ IL-10 axis on the day of viremia peak. Additionally, the results obtained allowed for an extensive characterization of the humoral immune compartment in AID patients, as well as healthy individuals.
Keywords in Portuguese
Febre amarelaVacinação
Doenças autoimunes
Resposta imune
Anticorpos neutralizantes
Perfil de citocinas
Keywords
yellow fevervaccination
autoimmune diseases
immune response
neutralizing antibodies
cytokines profile
Share