Patrimônio industrial da saúde: a requalificação do laboratório de produção de vacinas contra a febre amarela na Fiocruz

Abstract

Nos últimos anos, a preservação do patrimônio industrial vem ganhando espaço, com as abordagens de preservação e requalificação, em comitês no Brasil e no mundo. O Campus Manguinhos-Maré da Fiocruz é composto por edificações representativas do patrimônio da saúde, fomentadas por avanços tecnológicos na produção de vacinas e remédios, acompanhadas da construção de edifícios e núcleos industriais. Identificado como bem cultural moderno, o Pavilhão Henrique Aragão tem também especial importância como patrimônio industrial para a ciência e saúde, por meio de inovações tecnológicas, como a sala limpa, compondo o núcleo industrial moderno. A importância do edifício é reforçada pela sua presença na política para preservação do patrimônio cultural da Fiocruz, por meio do Plano de Requalificação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos (Fiocruz, 2014), que visa a preservação dos bens culturais da instituição. O Pavilhão está localizado na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, em área planejada para requalificação, juntamente com o núcleo histórico eclético, o Caminho Oswaldo Cruz e outras edificações no entorno, de modo a conformar uma área contínua de preservação. O Pavilhão Henrique Aragão manteve seu uso original como laboratório de produção de vacina contra febre amarela, desde o início de sua operação na década de 1960. Na atualidade, é parte integrante do complexo de fabricação de vacinas de Bio-Manguinhos. Com o passar dos anos, diversas intervenções foram realizadas no edifício visando acompanhar as novas exigências e tecnologias para a produção de vacinas. Sua requalificação, tema a ser estudado nesta dissertação, é uma importante iniciativa para a preservação do patrimônio industrial e memória da instituição, agregando conhecimento ao patrimônio arquitetônico moderno.