Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/68975
Type
Papers presented at eventsCopyright
Restricted access
Collections
Metadata
Show full item record
CONSERVAÇÃO PREVENTIVA DE SUPERFÍCIES ARQUITETÔNICAS DO MUSEU CASA DE RUI BARBOSA: LADRILHOS MOSAICOS
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A Conservação preventiva é uma filosofia proativa e tem como objetivo garantir a longevidade do patrimônio cultural, contemplando a adoção de medidas para mitigar riscos potenciais que constituam causas de deterioração futura. O sucesso da abordagem preventiva depende do exame informado do contexto do bem cultural, o que envolve observação, inspeção, monitoramento e documentação, com o emprego de técnicas mais ou menos avançadas em função da especificidade da situação. O Museu Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, fundado em 1930, é considerado o primeiro museu-casa do Brasil estabelecido pelo poder público, e as ações para preservação do edifício e da coleção que abriga vêm sendo guiadas por um plano de conservação preventiva há mais de uma década. Trata-se de um processo contínuo de inspeção, diagnóstico, monitoramento e revisão das ações de preservação, no qual a edificação, a coleção, os jardins e os sistemas são considerados de forma integrada. No presente artigo tratamos do estabelecimento de um protocolo de conservação preventiva para as superfícies arquitetônicas da edificação que apresentam revestimento em ladrilho mosaico, a partir do conhecimento da sua materialidade, das suas características técnicas e da sua interação com o monumento; bem como os resultados de um estudo analítico dos ladrilhos mosaicos, com o objetivo de registrar e distinguir os tipos hidráulicos e cerâmicos, muitas vezes tomados um pelo outro. O revestimento de piso em ladrilho mosaico foi amplamente utilizado no Brasil, nas últimas décadas do século XIX, com a difusão dos materiais industrializados na construção civil e continuaram a ser utilizados até as primeiras décadas do século XX. São ladrilhos mono ou policromáticos, decorados com padrões, textura ou lisos, encontrados nas diversas tipologias arquitetônicas. São igualmente usados para revestir áreas nobres tais como halls de entradas, escadas, varandas, e foyers, com desenhos muito elaborados; e também para revestir áreas molhadas, como cozinhas e banheiros. Considerando que as superfícies acumulam informações referentes ao transcurso da obra no tempo, as ações para conservação destas superfícies exigem fundamentação teórica para sistematização de procedimentos que previnam e evitem a necessidade de intervenções de maior porte, de modo a prolongar a sua existência e transmiti-lo na sua autenticidade material para as gerações futuras.
Share