Desafio à implementação da teleconsulta médica na atenção primária à saúde no Sistema Único de Saúde do Distrito Federal

Abstract

A pandemia de COVID-19 constituiu um desafio para que os serviços de saúde se adaptassem para responder de forma rápida às necessidades de saúde vigentes à época. Nesse contexto, acelerou-se a regulamentação da telemedicina no Brasil de forma muitas vezes improvisada ou em caráter excepcional. O Objetivo deste trabalho é analisar a experiência de implantação da teleconsulta médica na Atenção Primária à Saúde da Região Norte de Saúde no SUS no Distrito Federal, durante o período de março de 2020 a dezembro de 2022. Métodos: estudo transversal, exploratório, retrospectivo, qualitativo, com utilização de uma triangulação metodológica proposta por Minayo: revisão integrativa, pesquisa por meio de questionário com médicos da Região Norte de Saúde do DF e análise crítica propositiva. Resultados: constatouse que a realização de teleconsulta ocorreu de forma heterogênea entre os respondentes na região pesquisada, com escassez de recursos e práticas improvisados. A literatura nacional e internacional é unânime tanto a respeito dos desafios à implantação de teleconsulta na APS quanto ao seu potencial para facilitar o acesso e garantir equidade; por essas razões, observa-se recomendação quanto à ampliação de experiências já em curso no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro Conclusões: trata-se de um processo de intensa dinâmica, principalmente sob o aspecto de suas inovações tecnológicas, que levanta preocupações sobre segurança e direitos dos usuários, as implicações e exigências para os prestadores desses serviços, bem como sobre a melhoria ou agravamento das desigualdades em saúde. Desse modo, ao considerar a heterogênea abordagem do tema na literatura nacional e internacional, torna-se valiosa a sistematização das experiências, com foco nos aspectos clínicos e operacionais focalizados nesse estudo, ou seja, do ponto de vista dos profissionais médicos das equipes de saúde, de modo a orientar e promover teleconsulta de forma institucional no SUS.