Controle social e gestão territorial: A implementação de uma conferêmncia livre de saúde na Cidade Estrutural/DF

Abstract

O processo de requisição por direitos ganha consistência quando as necessidades dos grupos populacionais de um território levam-nos a se articular em busca de soluções. A primeira Conferência Livre de Saúde da Cidade Estrutural surge a partir de inquietudes perante o fornecimento inadequado de políticas públicas para a saúde em territórios de periferia. Objetivo: Relatar o papel do Controle e Participação Social no Sistema Único de Saúde (SUS) da Cidade Estrutural, assim como a participação na elaboração da Primeira Conferência Livre de Saúde do território. Metodologia: O Arco de Maguerez foi utilizado como um modelo de análise da saúde do território baseado em suas cinco etapas: 1) observação da realidade; 2) pontos-chave; 3) teorização; 4) hipóteses de solução; 5) aplicação na realidade, e, posteriormente associou-se esse modelo na organização da Conferência Livre de Saúde do território. Resultados: O relato de experiência sobre a Conferência Livre de Saúde foi a partir da utilização das cinco etapas do Arco de Maguerez como forma de problematização, após refletir sobre os problemas de saúde da comunidade da Cidade Estrutural e sobre o papel do Controle e Participação Social no Sistema único de Saúde. Discussão: Ressalta-se que após um momento de planejamento e de execução, a aplicação do conhecimento adquirido ao meio estudado se faz pela aplicação da Participação e Controle Social como resultado. Essa etapa que se divide em dois temas, “a motivação para a realização da Conferência Livre” e “Intersetorialidade e Redes Sociotécnicas da Cidade Estrutural”. Conclusão: Foram levantadas reflexões das práticas na Rede de Atenção à Saúde, Intersetorialidade, Gestão de Pessoas, Gestão do Território, Gestão Participativa, planejamento, e propostas para o debate na 17ª Conferência Nacional de Saúde e percebeu-se que os principais problemas da Cidade Estrutural, referenciados pelos eixos temáticos de discussão da Conferência, vão além do setor saúde, e que a intersetorialidade é uma resposta estratégica aos problemas sociais do território.