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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/69827
SILENCIAMENTO DE MULHERES JORNALISTAS: GÊNERO, VIOLÊNCIA E AUTOINTERDIÇÃO
Author
Affilliation
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Laboratório de Informação em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Comunicação. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Laboratório de Informação em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Comunicação. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A violência contra mulheres jornalistas constitui um fenômeno global e multifacetado presente em diferentes países e que vem acendendo um alerta sobre os riscos ao exercício do jornalismo e à liberdade de expressão. Este artigo buscou analisar como o gênero e as relações de poder que estruturam as agressões contra mulheres jornalistas desempenham um papel central no silenciamento das profissionais. A partir da análise dos relatos de quatro mulheres jornalistas em entrevistas concedidas à imprensa, observamos o deslocamento do ethos jornalístico após a experiência de se tornarem vítimas de agressões, passando a restringir ou até mesmo interditar seus discursos. Em diálogo com os conceitos de pós-censura, autocensura e censura de multidões, denominamos este processo autointerdição.
Abstract
Violence against women journalists constitutes a global and multifaceted phenomenon present in many countries, and has raised the awareness of the risks of journalism practice and freedom of expression. This article aims to analyze how gender and power relations that structure aggressions against women journalists play a central role in silencing these professionals. From the analysis of the testimonies of four women journalists during interviews given to the press, we observed the displacement in the journalistic ethos after the experience of becoming victims of aggression, restricting or even interdicting their discourses. In dialogue with the concepts of post-censorship, self-censorship and mob censorship, we call this phenomenon self-interdiction.
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