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ARMED VIOLENCE AND SHOOTINGS IN RIO DE JANEIRO AND ITS RELEVANCE TO IMPOVERISHED COMMUNITIES AND PRIMARY CARE HEALTH SERVICES
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Abstract in Portuguese
O artigo utiliza a análise de mediação visando compreender o efeito da violência armada, operacionalizada como registros de tiroteios, sobre comunidades e serviços de atenção primária do Rio de Janeiro. Os modelos incorporam dados oriundos de 1500
entrevistados e seu respectivos territórios e serviços de saúde. A análise de mediação se vale de um proxy dos efeitos da violência sobre a operação desses serviços: a presença/ausência de médicos nas equipes de saúde da atenção primária. A despeito da
utilização de um único proxy de uma situação complexa que afeta substancialmente os serviços de atenção primária em territórios carentes, o efeito observado se mostrou pronunciado, correspondendo a 20-30% de modulação das associações entre violência
armada e hipertensão arterial sistêmica, diabetes e depressão autorreferidas. A associação simples não se mostrou significativa quanto à ansiedade autorreferida, controladas as variáveis intervenientes, mas a mediação sim. Os achados falam a favor de analisar de forma integrada dados de residentes nessas comunidades, informações sobre territórios e a operação dos serviços, valendo-se de estratégias apropriadas de análise. Tais estudos têm função diagnóstica e de subsidiar políticas que compreendam a saúde urbana de forma integrada e fomentem intervenções estruturais.
Abstract
This article uses mediation analysis to understand the effect of armed violence, operationalized as records of shootouts, on communities and primary care services in Rio de Janeiro. The models incorporate data from 1,500 interviewees and their respective territories and health services. The mediation analysis uses a proxy for the effects of violence on the operation of these services: the presence/absence of doctors in primary care health teams. Despite the use of a single proxy for a complex situation that substantially affects primary care services in underserved territories, the observed effect was pronounced, corresponding to a 20-30% modulation of the associations between armed violence and self-reported systemic arterial hypertension, diabetes, and depression. The simple association was not significant for self-reported anxiety, after controlling for intervening variables, but mediation was. The findings support the ntegrated analysis of data from residents in these communities, information about territories, and the operation of services, using appropriate analytic strategies. Such studies have a diagnostic function and support policies that understand urban health in an integrated manner and promote structural interventions.
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