Os caminhos para construção de uma horta comunitária como tecnologia de cuidado na atenção básica em saúde: relato de experiência

Abstract

O presente estudo, do tipo relato de experiência, teve como objetivo geral analisar a implementação da Horta Comunitária de Plantas de uso medicinal e alimentício em uma Unidade Básica de Saúde, neste sentido, trazendo os fitoterápicos como alternativa e escolha possível, além de possibilitar a inserção e valorização dos saberes tradicionais e populares no cotidiano da Atenção Básica à Saúde. Buscou identificar como a implementação de Horta Comunitária na Atenção Básica à Saúde se constitui enquanto tecnologia de cuidado em saúde e promoção de saúde no ambiente de trabalho dos trabalhadores da saúde, além disso, analisou os efeitos práticos e suas múltiplas dimensões da consolidação da horta. O estudo caminhou para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, buscando uma reflexão crítica da realidade. Foram utilizados métodos de coleta e análise de dados, para fins de alcançar os objetivos geral e específicos propostos, a pesquisa participante com abordagem qualitativa, e o método narrativo como forma de aproximar ao máximo os conhecimentos populares imbricados na construção da horta comunitária. Além de estar ancorado nos conhecimentos científicos, tradicionais e populares sobre plantas de uso medicinal e alimentício. Para coleta de dados, os instrumentos utilizados foram diversos, sendo relatório de atividade, diário de campo e observação participante, sistematizado a partir do relato de experiência. Como resultado final, este trabalho pôde evidenciar, a partir consolidação da horta comunitária plantas medicinais e de uso alimentício em uma unidade básica de saúde do Distrito Federal, o papel fundamental dos saberes tradicionais e populares da comunidade local, no que tange ao uso Plantas Medicinais e Fitoterápicos, bem como, acentuou a centralidade da Atenção Básica à Saúde na oferta de fitoterápicos no Sistema único de Saúde, viabilizando a integralidade em saúde, além de valorizar a inserção do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no Sistema Único de Saúde, consagrando a diversidade dos saberes populares e a ancestralidade brasileira imbricada na implementação da referida política de plantas medicinais.