A assistência de enfermeiras obstétricas à mulher em uso de sulfato de magnésio

Abstract

Introdução: As síndromes hipertensivas são uma das principais causas de mortalidade materna. Neste contexto, a enfermeira obstétrica atua de forma direta no cuidado à mulher, principalmente em uso de sulfato de magnésio. Objetivo: Analisar a atuação de enfermeiras obstétricas na assistência à mulher em uso de sulfato de magnésio. Método: Pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa. Realizada em uma maternidade federal de alto risco fetal do Rio de Janeiro. Foram entrevistados 13 enfermeiros obstetras que possuíam vínculo empregatício com o cenário, por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado. Para análise de dados foi empregada a técnica de análise temática ou categorial segundo Bardin (2009). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Fernandes Figueira pelo parecer no 6.562.730. Resultados e Discussão: Os entrevistados discorreram sobre a inadequação da estrutura física do ambiente hospitalar para este tipo de terapêutica, pela ausência de leitos específicos e insumos. Além disso, foi apontado como diferencial na assistência às mulheres em uso de sulfato de magnésio ser enfermeira obstétrica formada pelos moldes de residência em saúde, por conferir agilidade e experiência ao profissional. O conhecimento sobre o ciclo gravídico-puerperal adquirido no período de formação garantem segurança e expertise. Outrossim, foi apontado a necessidade de atualização para toda a equipe multiprofissional sobre a terapêutica com sulfato de magnésio, a fim de proporcionar melhorias na assistência prestada. Considerações finais: Salienta-se a necessidade de readequação do cenário hospitalar para administração do sulfato de magnésio. As enfermeiras obstétricas demonstram competência técnica para manejar situações de alto risco, especialmente quando formadas nos moldes residência em saúde. Ademais, os achados reforçam a necessidade de melhora na comunicação entre os profissionais, treinamentos constantes e protocolos institucionais bem definidos a fim de promover maior qualidade e segurança na assistência.