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O ENVOLVIMENTO DO FERRO NA MODULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM PACIENTES MULTIBACILARES DA HANSENÍASE.
Barbosa, Mayara Garcia de Mattos | Fecha del documento:
2012
Director
Miembros de la junta
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumen en portugues
A forma lepromatosa da Hanseníase caracteriza-se pela baixa ou ausente resposta imune específica aos antígenos do Mycobacterium leprae e intensa proliferação bacilar. Dentre as células hospedeiras, os macrófagos parecem ter um papel crucial no direcionamento do perfil de resposta ao M. leprae. Muitas das vias de imunossupressão da resposta imune celular parecem estar envolvidas com o metabolismo do ferro e seus carreadores, como a expressão aumentada de IDO em macrófagos lepromatosos e de heme-oxigenase 1 em macrófagos M2. Anteriormente, o nosso grupo demonstrou que macrófagos de pacientes lepromatosos apresentam uma maior expressão do receptor scavenger CD163, quando comparados aos tuberculóides. O CD163 reconhece o complexo Hemoglobina-Haptoglobina e nós hipotetizamos que o M. leprae adaptou-se para aumentara expressão de CD163, a fim de aumentar estoques de ferro em macrófagos, contribuindo para sua persistência. Assim, o objetivo do presente trabalho foi investigar o envolvimento de ferro na imunopatogênese da hanseníase. Nós observamos que biópsias de lesão de pele de pacientes lepromatosos apresentam uma maior expressão de proteínas relacionadas à captação e metabolismo de ferro, assim como uma maior deposição de ferro na forma de ferritina e hemossiderina nos macrófagos espumosos, onde se localizam os bacilos. A adição de ferro exógeno, na forma de tratamento com sulfato ferroso, foi capaz de reduzir a expressão e atividade de indoleamina 2,3-dioxigenase induzida pelo M. leprae em monócitos de doadores saudáveis. A adição de ferro livre também foi capaz de modular a produção de citocinas, aumentando a produção de IL-12p70 e IL-10 em culturas de monócitos, e de IL-6 em culturas de células mononucleares do sangue periférico. O aumento dos receptores CD163 e receptor de transferrina 1 em macrófagos lepromatosos foram associados com o aumento dos estoques de ferro em biópsias de pele de pacientes lepromatosos. Em adição, o tratamento com ferro livre foi capaz aumentar vias proinflamatórias em leucócitos estimulados com M. leprae. Isto indica que a homeostase do ferro no hospedeiro no momento da infecção é importante para a definição do desfecho da Hanseníase, e que o ferro pode ter um papel duplo dependendo do momento e da forma que este está apresentado, podendo criar um ambiente favorável para a micobactéria ou induzindo a produção de citocinas próinflamatórias que podem contribuir para ativação de vias antimicrobianas em macrófagos.
Resumen en ingles
The lepromatous form of leprosy is characterized by low or absent specific immune response to antigens from Mycobacterium leprae and intense bacterial proliferation. Among the host cells, macrophages appear to play a crucial role in directing the response profile to M. leprae. Many of the pathways of immunosuppression of cellular immune response seem to be involved with the iron metabolism and their carriers, for example the higher expression of indoleamine 2,3-dioxygenase in lepromatous macrophages and heme-oxygenase 1 in M2 macrophages. Previously, our group demonstrated that macrophages of lepromatous patients have an increased expression of scavenger receptor CD163 as compared to tuberculoid ones. The CD163 recognizes the complex Haptoglobin-Hemoglobin and we hypothesized that M. leprae increases the expression of CD163, in order to increase the iron storage in macrophages, contributing to the persistence of mycobacteria. The aim of this study was to investigate the role of iron in the immunopathogenesis of leprosy. We observed that skin biopsies from lepromatous patients exhibit a higher expression of proteins related to iron uptake and metabolism, as well as increased iron deposition in the form of ferritin and hemosiderin in foamy macrophages, where the bacilli are located. The addition of exogenous iron, as ferrous sulfate treatment, was able to reduce the expression and activity of indoleamine 2,3-dioxygenase induced by M. leprae in monocytes of healthy donors. The addition of free iron was also able to modulate the cytokine production, increasing the production of IL-12p70 and IL-10 in cultures of monocytes, and IL-6 in cultures of peripheral blood mononuclear cells. The increase in CD163 receptor and transferrin receptor 1 expression in lepromatous macrophages was associated with increased iron stores in skin biopsies from lepromatous patients. In addition, treatment with free iron was able to increase proinflammatory pathways in leukocytes stimulated with M. leprae. This indicates that the iron homeostasis in the host at the time of infection is important for defining the outcome of leprosy, and that iron presents a dual role depending on the timing, the cell type and the way that it is present, creating a favorable environment for the mycobacteria or inducing the production of proinflammatory cytokines that may contribute to activation of antimicrobial pathways in macrophages.
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