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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8485
CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DOS GENES DE VP1, VP2, VP3, VP4 E VP7 DE AMOSTRAS DE ROTAVÍRUS A GENÓTIPO G5P[8] CIRCULANDO NO BRASIL ENTRE 1986 E 2005
Silva, Marcelle Figueira Marques da | Date Issued:
2009
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Abstract in Portuguese
Nas décadas de 80 e início de 90 os rotavírus A (RV-A) de genótipo G5, comum em suínos,
equinos e bovinos eram detectados com frequência em amostras fecais de crianças brasileiras.
Após 1996, deixou de circular em caráter endêmico, tornando-se apenas esporadicamente
detectado, enquanto o genótipo G9 começou a ser detectado com frequência. Esta situação
leva a crer que houve a substituição do genótipo G5 pelo G9. Tendo em vista a escassez de
dados moleculares a respeito de amostras de genótipo G5 de RV-A, no presente estudo foi
realizada a análise filogenética para os genes que codificam para as proteínas VP1, VP2, VP3,
VP4, e VP7 de vinte e oito amostras de RV-A humano de genótipo G5P[8], coletadas em
diferentes estados brasileiros entre 1986 e 2005. A análise filogenética do gene que codifica
para a proteína VP7 demonstrou que as mesmas agrupam juntamente com amostras humanas
brasileiras de genótipo G5 (IAL28, Br 1054 e Br H8), no entanto a análise do gene que
codifica para a proteína VP4 demonstrou que circularam três linhagens do genótipo P[8]
(P[8]-1, P[8]-2, e P[8]-3) no Brasil entre 1986 e 2005 em associação com G5. As análises
filogenéticas para os genes que codificam para VP1, VP2, e VP3 demonstraram que os
mesmos pertencem ao genogrupo Wa-Like, comum a humanos, o que sugere que estas
amostras possam ter se originado de uma amostra de RV-A humano. As análises filogenéticas
dos genes de VP1, VP2 e Vp3 revelaram que todas as amostras foram classificadas dentro dos
genótipos R1, M1 e C1, respectivamente Os resultados do presente estudo enfatizam a
importância do monitoramento contínuo e a caracterização molecular das amostras de RV-A
circulantes, principalmente para prever a possível emergência e/ou re-emergência de
genótipos após a introdução de uma vacina contra RV-A nos diferentes continentes do mundo
e para se melhor entender a dinâmica e o padrão de evolução dos RV-A de genótipo G5.
Abstract
The group A rotavirus (RV-A) genotype G5, which is common in pigs but also detected in
horses and cattle was frequently detected in stool samples collected in the 1980s and the early
1990s in Brazil. After 1996, the G5 has disappeared as an endemic/epidemic strain, becoming
only sporadically detected. On the other hand the RV-A G9 has showed a broad geographic
distribution. Recently, the G5 was reported in children with severe diarrhea in Argentina,
Brazil, Cameroon, Paraguay, People’s Republic of China, and Vietnam. It suggests that the
G5, although uncommon overall in humans, is found worldwide. Twenty-eight G5P[8] human
RV-A strains isolated from a 19-year long sample collection (from 1986 to 2005),
representing four different Brazilian states, was analyzed, and the genetic variability for VP1,
VP2, VP3, VP4 and VP7 genes was determined. The nucleotide sequencing and phylogenetic
analyses were performed. Based on VP7 gene phylogenetic analysis, all the analyzed
sequences were clustered with other Brazilian G5 strains. The VP4 genes analyzes showed
that three P[8] genetic lineages (P[8]-1, P[8]-2 and P[8]-3) circulated in Brazil between 1986
and 2005 in association with genotype G5. The analyzed partial sequences of VP1, VP2 and
VP3 showed high identity with RV-A Wa-like strains, which suggests that they might have
originated from a human RV-A strain. The phylogenetic analysis revealed that all Brazilian
strains were classified as genotype R1, M1 and C1 for VP1, VP2 and VP3 genes,
respectively. Our results show that the inner RV-A genotype G5 proteins have been adapted
in humans for at least 20 years, emphasizing the importance of continuous virological
surveillance of circulating RV-A to detect new variants and possible antigenic changes with
potential effect on vaccine effectiveness and contribute to a better understanding of the
dynamics and pattern of RV-A G5 evolution.
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