Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18507
EFETIVIDADE DA VACINA ANTIAMARÍLICA 17D: UMA AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Laboratório de Epidemiologia e Antropologia Médica. Belo Horizonte, MG, Brasil/Brasil. Ministério de Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Ministério de Saúde do Brasil. Fundação Nacional de Saúde. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Evandro Chagas. Serviço de Arbovírus. Belém, PA, Brasil.
Universidade Federal de Minas Gerais. Departamento de Medicina Preventiva e Social. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Ministério de Saúde do Brasil. Fundação Nacional de Saúde. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Evandro Chagas. Serviço de Arbovírus. Belém, PA, Brasil.
Universidade Federal de Minas Gerais. Departamento de Medicina Preventiva e Social. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Abstract in Portuguese
O objetivo do presente estudo foi avaliar a efetividade da vacina antiamarílica 17D nas condições de sua utilização pelos serviços de saúde pública. Em 1989, um estudo prospectivo não-concorrente foi desenvolvido em Bocaiúva, Estado de Minas Gerais, Brasil, 6 meses após vacinação em massa da população. A população-alvo do estudo foi constituída por estudantes matriculados no primeiro grau em todas as escolas situadas em Bocaiúva. O grupo exposto foi constituído por uma amostra probabilística simples de estudantes vacinados (n = 173) e o grupo não-exposto foi constituído por todos aqueles não submetidos à vacinação (n = 55). Os soros foram examinados pelo teste da neutralização em camundongos; estes exames foram realizados às cegas, ou seja, o examinador desconhecia a situação vacinal do paciente. Os resultados da sorologia foram os seguintes: entre os vacinados, 75% eram soropositivos, 17% soronegativos e 7% apresentaram exame inconclusivo; entre os não-vacinados estes resultados foram de 9, 87 e 4%, respectivamente. A razão de soropositividades entre vacinados e não-vacinados, ajustada pela idade, foi 7,6 (IC95%: 3,4 a 16,7). A fração da soropositividade atribuível à vacinação, ajustada pela idade, foi 86,8% (IC95%: 70,6 a 94,0). Os resultados mostram que a efetividade da vacinação, definida através da soropositividade para o vírus, ficou abaixo dos níveis esperados para a vacina 17D. Isto pode ter sido conseqüência de falhas operacionais na conservação ou aplicação da vacina. Nossos resultados apontam para a necessidade de avaliações sistemáticas na rotina dos serviços de saúde após a utilização em massa da vacina.
Share