Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4335
PSICOLOGIA DE GRUPOS: PESQUISADORES EM ISOLAMENTO E CONFINAMENTO NA ANTÁRTICA
Cobra, Geny de Oliveira | Date Issued:
2008
Alternative title
Psychology of groups: researchers in isolation and confinement in AntarcticaAuthor
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Esse trabalho tem como foco pesquisar grupos de pesquisadores
brasileiros vivendo em isolamento e confinamento na Antártica. É uma pesquisa
qualitativa com observação indireta das formas de interação, organização, estrutura e
cultura dos grupos de pesquisadores que trabalharam na Antártica, cujos projetos de
pesquisa fazem parte do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Foram
entrevistados 20 pesquisadores das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, que
estiveram na Antártica nos anos de 2005, 2006 e 2007. As entrevistas foram gravadas
e posteriormente analisadas. Cada integrante foi considerado como um sujeito em
grupo e porta-voz do grupo em sua totalidade. Seus relatos foram analisados sob a
luz de teorias da psicanálise de grupo e psicologia social de grupo e da técnica de
análise do discurso. Foram identificados três tipos de pequenos grupos: o grupo dos
acampados, o grupo dos embarcados no navio oceanográfico (NapOC) Ary Rongel,
e o grupo de pesquisadores da Estação Ferraz. Cada um desses grupos apresenta
característica, estrutura e cultura próprias. Os grupos os acampados e os embarcados
se reportam ao comandante do NapOC Ary Rongel que lhes propicia a logística
necessária para a realização de suas pesquisas. O Grupo Base da Estação
Comandante Ferraz é composto por profissionais da Marinha e são responsáveis pela
manutenção da Estação e logística para os pesquisadores. A interação entre o Grupo
Base e os pesquisadores é importante para o bem-estar de todos e para a realização
das pesquisas. O chefe da Estação, enquanto líder funcional, é avaliado como líder
autocrático ou democrático dependendo de sua personalidade. A pesquisa revelou
que a experiência na Antártica tem impacto na personalidade dos pesquisadores;
desenvolve a noção de limites emocionais com relação ao outro; contribui para a
transformação pessoal; desenvolve a capacidade de lidar com um ambiente extremo e
desenvolve o sentimento de pertencer a uma comunidade – a comunidade Antártica.
A vivência na Antártica promove a transformação pessoal e desenvolve vínculos
duradouros com o ambiente.
Abstract
This work is a qualitative research and has its focus on the Brazilian
Antarctic groups living in isolation and confinement. It consists of indirect
observation of the interaction, structure and culture of researchers groups, after their
field work in Antarctica. Their projects are part components of the Brazilian
Antarctic Programme (PROANTAR). Twenty Brazilian scientists from the cities of
Rio de Janeiro and São Paulo that worked in Antarctica on the years 2005, 2006 and
2007 were interviewed. These interviews were taped for further analysis. Each
scientist (as a subject in the group) was considered a spokesman for the group as a
whole. Their discourses were analyzed under the light of group psychoanalysis,
group psychology and discourse analysis technique. Our results show that there are
three types of small groups: the camping group, the boat group – Oceanographic
boat (NApOC) Ary Rongel – and the Comandante Ferraz Antarctic Station (EACF)
group; wherefore each group presented their own characteristics, structure and
culture. The logistic and functional coordination for the camping group and the boat
group are of NapOC Ary Rongel captain´s responsibility. The Base Group is
composed of Navy professionals that promote the Comandante Ferraz Antarctic
Station maintenance and the logistic for the researchers groups. The interaction
between the scientists and the Base Group is an important factor for their well being
and research accomplishments. The chief of station, as a functional leader, is seen as
an autocratic or a democratic leader depending on his personality. Our observations
show that the Antarctic experience has a great impact in scientists personality and
promotes the development of boundary feelings with others and environment coping;
and also creates the sense of belonging to a community – the Antarctic Community.
Antarctica is a place of personal transformation and place attachment.
Share