Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48075
Type
ArticleCopyright
Open access
Collections
- IFF - Artigos de Periódicos [1265]
Metadata
Show full item record
DEBATE SOBRE O ARTIGO DE MARIA ANDRÉA LOYOLA
Loyola, Maria Andréa | Date Issued:
2003
Alternative title
Debate on the paper by Maria Andréa Loyola: Sexuality and medicineAuthor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O artigo discute a contribuição da medicina, segundo o controle normativo e tecnológico da sexualidade feminina e do processo reprodutivo (parto, aleitamento, contracepção e tratamento das infertilidades) para a construção, durante o século XX, de um novo modelo de reprodução (biológica e social), calcado em uma mudança radical das identidades e das relações e
formas de união entre os sexos (desagregação de laços matrimoniais tradicionais, crescimento
das uniões consensuais, monogamia serial, etc.). Este modelo se sustenta em uma separação radical entre sexualidade e reprodução correlata de um modelo único e horizontal de sexualidade
(contrariamente ao modelo hierárquico dos dois sexos do século XIX), dirigida primordialmente
para o prazer e progressivamente desvinculada dos laços sociais e afetos que lhes são correspondentes. Discute, além da contribuição da medicina (notadamente a partir dos efeitos da reprodução assistida) e da sexologia (universalização do imperativo do orgasmo), a contribuição da
epidemiologia (por meio das pesquisas relacionadas à AIDS) para a transformação de uma normal moral sobre a sexualidade em uma norma abstrata e meramente estatística.
Abstract
This paper discusses the role of medicine, ranging from the normative and technological control of women’s sexuality and reproductive process (childbirth, breastfeeding, contraception, and treatment of infertility) through the construction of a new (biological and social) reproductive model, based on a radical change of identities, relations, and forms of union between
the sexes (a break with the traditional concept of marriage, growth of open unions, serial
monogamy, etc.). This model is sustained by a radical distinction between sexuality and reproduction, related to a unique and horizontal model of sexuality (in opposition to the hierarchical
19th-century two-sexes model); the new model focuses mainly on pleasure and moves progressively away from social ties and affection. In addition to the contribution of medicine (notably
through assisted reproduction) and sexology (universalization of the orgasm imperative), the
paper also discusses the contribution of epidemiology (through AIDS-related research) to the
transformation of a moral sexual norm into an abstract and merely statistical standard.
Share