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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
- COC - Artigos de Periódicos [1106]
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OS SURTOS DE FEBRE AMARELA NA CIDADE DE PARANAGUÁ (1852-1878)
Dolinski, João Pedro | Date Issued:
2013
Alternative title
Yellow fever outbreaks in Paranaguá (1852-1878)Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O objeto de estudo deste trabalho são os surtos de febre amarela ocorridos na cidade de Paranaguá entre os anos de 1852 (quando irrompem os primeiros casos da doença na região) e 1878, quando eclode a principal epidemia, atingindo aproximadamente 500 pessoas. Os flagelos epidêmicos geraram tensões e conflitos na população, demandando intensos esforços por parte de médicos que lá atuaram na tentativa de combater os surtos e compreender a moléstia. Este trabalho procura sistematizar um estudo até então tratado de forma muito tímida pela historiografia local. Portanto, propõe-se um avanço ao debate historiográfico ligado à saúde, à doença e às ciências no Brasil, sobretudo, meridional. Assim, problematizam-se as seguintes questões: como foram elaboradas as medidas de prevenção à doença? Quais os atores, repartições públicas e espaços de cura envolvidos nesse processo? Que estratégias foram utilizadas? Quais eram as negociações, os conflitos e as tensões vivenciadas pelos agentes históricos durante os momentos de crise epidêmica? O presente estudo abordará não apenas aspectos de ordem sanitária como também a complexa dinâmica entre práticas políticas centrais e locais, demonstrando que a febre amarela pode ser uma porta de entrada para o estudo de outros fenômenos culturais, sociais, econômicos e políticos. Espinha dorsal da economia da província, o porto de Paranaguá assumiu posição estratégica na importação de mão de obra estrangeira durante a conjuntura que marcou o fim da escravidão no Brasil. A cidade também viu surgir os primeiros espaços de cura e o desenvolvimento das primeiras iniciativas públicas de organização sanitária no Paraná. Desse modo, a análise das epidemias de febre amarela naquela cidade permite a compreensão da formação da saúde pública desse Estado.
Abstract
The study matter of this paper are the outbreaks of yellow fever occurred in the city of Paranaguá between the years 1852 (the year in which the fi rst cases of the disease in the region arose) and 1878, when a major epidemic broke out, reaching approximately 500 people. The yellow fever epidemic generated tensions and confl icts in the population, demanding intensive efforts on the part of doctors who worked there, in an attempt to combat the outbreaks and understand the disease. This paper aims to systematize a study hitherto treated in a very shy manner by the local historiography. Therefore, this work is justified by the proposal of advance to the historiographical debate linked to health, disease and the sciences in Southern Brazil. Thus, we scrutinize the following questions: How the disease prevention measures were elaborated? Who were the actors, public offi ces and healing spaces involved in this process? What strategies were utilized? Which were the negotiations, confl icts and tensions experienced by historical agents during moments of epidemic crises? This paper will discuss not only health related issues, but also the complex dynamics between central and local political practices, demonstrating that yellow fever can be a gateway to the study of other cultural, social, economic and political phenomena. Being the main axis of the economy of the Province, the port of Paranaguá had a strategic position in the import of foreign workers during the conjuncture that marked the end of slavery in Brazil. The city also saw the emergence of the fi rst healing spaces and the development of the first initiatives of public health organization in Paraná. Therefore, the analysis of the yellow fever epidemics in that city allows for the understanding of the formation of public health in that State.
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