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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57870
DO "BOCA A BOCA" ÀS REDES SOCIAIS: TECNOLOGIAS COMUNICACIONAIS DE POPULAÇÕES VULNERÁVEIS DO DISTRITO FEDERAL NA PANDEMIA DE COVID-19
Author
Affilliation
Sem afiliação.
Abstract in Portuguese
No cenário pandêmico, a comunicação e a educação em saúde revelam-se centrais no enfrentamento junto às comunidades. Entretanto,
percebe-se a multiplicação exponencial de produção e circulação de informações relacionadas ao Covid-19 voltadas para grandes públicos,
enquanto poucas estratégias educacionais são contextualizadas para públicos específicos, tais como as populações vulnerabilizadas.
Objetivos
Este trabalho objetivou produzir conhecimento sobre tecnologias informacionais e comunicacionais de populações vulnerabilizadas no
território do Distrito Federal no contexto do enfrentamento da pandemia do Covid-19.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa transversal qualitativa, orientada por quatro etapas, comuns aos cinco núcleos regionais da pesquisa: 1)
Identificação das experiências, por meio de mapeamento pela internet dos grupos comunitários; 2) Caracterização das tecnologias e atores
sociais; 3) Compreensão das perspectivas e ressignificações, por meio de entrevista virtual com atores-chave, transcrição e análise de
conteúdo do material empírico; 4) Apresentação dos resultados às lideranças para validação, em sessão coletiva virtual por núcleo.
Resultados
Foram selecionadas dez experiências. As respectivas lideranças foram contatadas e entrevistadas, compondo o panorama das principais
tecnologias comunicacionais a seguir: Território Cultural Mercado Sul: “boca a boca” e as histórias e vida; Coletivo Nós por Nós: articulação
em rede; Casa Akotirene : comunicação orgânica e presencial;RUAS: pack de cards estratégicos; Distrito Drag: Advocacy; Portal Canário:
tecnologias digitais; No Setor: equipamentos territoriais como instrumentos de comunicação; Diário de Ceilândia: Jornal comunitário
independente e digital; Guardiões da Saúde: Software em formato de aplicativo; Instituto Barba na Rua: Rede de solidariedade e TV
comunitária.
Conclusões/Considerações
As principais tecnologias comunicacionais utilizadas pelas iniciativas estudadas diziam respeito às realidades locais em que estavam
inseridas, respeitando as características e representatividades de suas comunidades. Em síntese, podemos concluir que é imprescindível a
criação de processos de escuta, diálogo, participação social e produção em conjunto de informações em saúde que sejam reconhecidas
como legítimas pelo público a que se destinam.
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